A esquistossomose, causada pelo trematódeo Schistosoma mansoni no Brasil, assume caráter de doença infecciosa com quadros agudos e crônicos, estando a instalação da doença intimamente ligada à persistência dos focos de transmissão, às precárias condições socioambientais e à presença do vetor Biomphalaria glabrata. Em Pernambuco, embora a doença predomine em áreas rurais, casos em áreas litorâneas vêm sendo registrados, principalmente onde existem problemas de saneamento básico. Objetivou-se com este estudo, avaliar a frequência da infecção por S. mansoni e analisar aspectos socioeconômicos e higiênico-sanitários ligados ao parasitismo em comunidades da Região Metropolitana de Recife -PE. O estudo foi desenvolvido em 14 comunidades nos municípios de Camaragibe, Goiana, Recife e Igarassu, com anuência das Secretárias de Saúde de cada município. Para o diagnóstico da doença, utilizaram-se as técnicas de Kato-katz, sistema Coprotest®, Hoffmann, Faust e Willis. Aplicou-se um questionário para a obtenção de dados epidemiológicos. Obteve-se positividade de 7,3%, sendo as variáveis de associação significativa a cidade e comunidade de residência dos indivíduos, a faixa etária, número de pessoas na residência, tipo de habitação, e, principalmente, aquelas ligadas à obtenção, uso e contato com a água.