Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico de vítimas de queimaduras atendidas em um hospital de uma capital do nordeste brasileiro de 2011 a 2015. Método: Trata-se de um estudo ecológico e retrospectivo, que teve como critérios de inclusão: pacientes atendidos no dito hospital, com diagnostico de queimaduras durante o período de 2011 a 2015. Foram excluídos da amostra prontuários que faziam referência a casos clínicos, fichas sem especificações do atendimento ou aquelas que se mostravam com dados ilegíveis. Resultados: Foram avaliados 1011 prontuários de pessoas atendidas por lesões de queimaduras, destas houve destaque para as crianças de 0 a 9 anos, representando 37,2%. O período de ocorrência mais prevalente foi o vespertino 37,6%, e a região corporal mais lesada foram os membros superiores 25,3%. Realizaram cirurgia 51,1% e 49,9% foram tratados clinicamente. Dos 1011 internamentos, 91,4% evoluíram com alta hospitalar e 3,4% foram transferidos para outra instituição. A letalidade foi 5,2%. Conclusão: O estudo demonstra as dimensões dos agravos para a população, o sexo masculino e crianças, sendo fatores de risco para queimaduras. Esta pesquisa mostra dados relevantes na epidemiologia desse agravo, o qual pode fomentar a elaboração e implantação de medidas para diminuir a incidência das queimaduras.