Percepções de alunos de graduação sobre gênero em Ciência da Computação

Abstract

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Violência simbólica na área de Tecnologia: análise de relatos de alunas em um curso de Engenharia de Computação

“…Sabe-se que as discriminações que as mulheres sofrem na área de Tecnologia da Informação (TI) são praticadas tanto durante a graduação, como no mercado de trabalho [Oliveira et al 2017]. Questionamentos sobre a capacidade e a competência das mulheres e os estereótipos a elas atribuídos são algumas das atitudes comuns que podem acabar desanimando as poucas mulheres que atuam nesta área [Silva et al 2020]. As pesquisas também apontam que a falta de conhecimento sobre os cursos de TI e a pouca representatividade feminina contribuem para a baixa quantidade de mulheres ingressantes nos cursos de tecnologia [Amaral et al 2017].…”

“…Os sentimentos de insuficiência e desmotivação acompanham até mesmo as mulheres que têm um bom desempenho durante os cursos relacionados às áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM) e que se identificam com estes [Amaral et al 2017;Bloodhart et al 2020]. Os estereótipos de gênero são problemas culturais reproduzidos por docentes e alunos, através de comentários machistas e tratamento diferenciado, o que gera um desconforto e sentimento de não pertencimento e isolamento por essas alunas [Silva et al 2020].…”

“…Os desafios postos à mulher que faz uma escolha por cursos que historicamente foram associados ao universo masculino são inúmeros e envolvem diferentes formas e manifestações de preconceito, discriminação e reafirmação de estereótipos relacionados a questões de gênero. O ambiente acadêmico nessas condições produz segregação, desigualdade e exclusão, afetando a autoestima de ingressantes em cursos das ciências exatas e tecnologias, levando-as ao abandono dos cursos [Silva et al 2020].…”

“…Estudos que abordam gênero e ciências exatas, especificamente em cursos da área de tecnologia, têm confirmado essa realidade que influencia negativamente na trajetória das mulheres nessa área, como resultado das relações desiguais entre os sexos [Silva et al 2020;Ramos e Figueiredo 2018;Mello, Melo e Ferrão 2019].…”