Percepções De Alunos Da Rede Pública De Ensino De Natal/Rn Sobre Educação Em Saúde Na Escola

Abstract

<jats:p>Introdução: O Programa Saúde na Escola (PSE) constitui-se em uma política intersetorial entre os Ministérios da Saúde e da Educação e prevê a realização de atividades técnico-assistenciais sob responsabilidade dos profissionais das Equipes de Saúde da Família (ESF), bem como atividades de educação popular em saúde. Objetivo: este estudo se propôs a identificar as atividades de educação em saúde realizadas nas escolas do ensino médio do município de Natal no estado do Rio Grande do Norte, bem como verificar as expectativas dos estudantes quanto ao papel dos profissionais de saúde e governantes para viabilizar uma melhoria de sua qualidade de vida. Metodologia: foi desenvolvido um estudo de avaliação com corte seccional e abordagem quantitativa com estudantes do segundo ano do ensino médio matriculados no ano de 2018. Esses estudantes responderam a um questionário para caracterização social e econômica afim de identificar as suas expectativas para melhoria da qualidade de vida e sobre atividades de educação em saúde realizadas na sua escola. A análise das respostas foi feita por meio de banco de dados no Excel para facilitar o cálculo das frequências absolutas e relativas das variáveis categóricas, bem como o cálculo da média e desvio-padrão das variáveis numéricas (idade, renda). Resultados: Dentre os principais resultados, destaca-se o baixo índice de ações voltadas à promoção da saúde nas escolas, sobretudo eventos do Programa de Saúde na Escola (PSE), bem como o desejo de que tanto os governantes quanto os profissionais de saúde exerçam de uma melhor forma o seu trabalho direcionado à comunidade. Conclusões: Concluiu-se, portanto, ser a ação do PSE na rede pública de Natal bastante falha, porquanto a maioria dos estudantes responderam não reconhecer nenhuma ação exercida por este programa nas suas respectivas escolas.</jats:p>

Programa Saúde na Escola: avanços, dificuldades e desafios na promoção da saúde nas escolas do Brasil

“…Por outro lado, as dificuldades também estão presentes nessa realidade, relacionadas ao acúmulo de tarefas dos profissionais, especialmente, dos da saúde, insuficiência de recursos humanos, materiais e estruturais; falta de articulação entre saúde e educação; desenvolvimento de atividades relacionadas à promoção da saúde e prevenção de agravos; excesso de burocracia, falta de tempo, escassez, sobrecarga, despreparo dos profissionais; ações fragmentadas, pontuais e limitadas [8][9][10]12,13,[15][16][17][18]23 .…”

Programa Saúde na Escola: desafios e possibilidades para promover saúde na perspectiva da alimentação saudável

“…A falta de capacitação profissional (Formação) para atuar no PSE apresentou--se como um dos principais problemas relatados 21,22,26,28,29,35,37-39,45,46 , sendo apontada como as ações menos pactuadas pelos municípios 21, 45 . Os estudos identificaram que os profissionais envolvidos com o desenvolvimento do programa não têm a devida compreensão sobre o PSE 32,36,37 e sobre a PS 19,38,44 , sugerindo que não tiveram formação em práticas pedagógicas 39 e, ainda, há percepções diferentes entre os gestores nas três esferas de governo 40 . Entretanto, Cavalcanti, Lucena e Lucena 44 , ao verificar as inconsistências do PSE, a partir da sua concepção de PS, não identificaram concretamente que esta seja adotada como conceito orientador do próprio programa.…”

“…Por meio de programas interministeriais como é o PSE, as instituições encontram espaço para organizar as ações para a PS, de forma planejada, com melhor comunicação e diálogo 21,22,28,39,40 , oportunizando o trabalho em conjunto 23,39 . Tendo em vista que a reorganização das agendas, especialmente das áreas da saúde e da educação, é necessária para o alcance da intersetorialidade 29, 44 , essa parceria contribui para o processo de educação permanente dos gestores e trabalhadores, para transformar o modelo assistencial hegemônico da saúde 38 (relatado no quadrante fragilidades), em um trabalho direcionado à comunidade 19 , minimizando as vulnerabilidades dos escolares 43 , com vistas ao empoderamento da comunidade escolar 22 . Nesse contexto, cada ator tem a possibilidade de atuar de acordo com a sua realidade, seus determinantes sociais, culturais, econômicos, possibilitando à comunidade escolar o trabalho conjuntamente, compartilhando competências e habilidades 19 , seguindo o princípio que "ouvir as vozes pode ser um bom ponto de partida" 24(2897) .…”

School Health Program: challenges and possibilities for health promotion from the perspective of healthy eating

“…The opportunities presented here were reported by the authors, referring to the actions that are possible to be carried out from the program, but which have not yet been fully implemented in the routine of the services. The authors suggest that the PSE provides opportunities for the union of different sectors, the exchange of experiences and knowledge 23,39 , which social function of the school (forming citizens) can be shared by the family and other services, such as health 19,24,36,38 , strengthening bonds, building care networks 27, 29 , thus enabling an institutional strategic planning for intersectoriality. Furthermore, the PSE enhances intrasectoral actions, expanding the understanding of intersectoral management, and, with that, the transformation of the organizational culture of the State 40, 41 .…”

“…Through inter-ministerial programs such as the PSE, institutions find space to organize actions for the HP, in a planned way, with better communication and dialogue 21,22,28,39,40 , providing opportunities for working together 23,39 . Considering that the reorganization of agendas, especially in the areas of health and education, is necessary to achieve intersectoriality 29, 44 , this partnership contributes to the process of permanent education of managers and workers, to transform the hegemonic health care model 38 (reported in the weaknesses quadrant), in a work directed to the community 19 , minimizing the vulnerabilities of the students 43 , aiming at the empowerment of the school community 22 . In this context, each actor has the possibility to act according to their reality, their social, cultural, economic determinants, enabling the school community to work together, sharing competences and skills 19 , following the principle that "listening to voices can be a good starting point" 24(2897) .…”