O consumo de cosméticos tem adquirido novas vertentes de acordo com o progresso social e científico e o consequente maior acesso à informação. A busca por um estilo de vida sustentável formou o “consumidor verde”, responsável por estimular o reposicionamento de empresas em relação à formulação de produtos de beleza e a aplicação da sustentabilidade em seus modelos de produção, o que propiciou a criação dos “cosméticos verdes”, -que engloba os cosméticos orgânicos, naturais e veganos. O objetivo central deste trabalho foi realizar uma revisão sistemática da literatura acerca da tendência sustentável no desenvolvimento de cosméticos, considerando a utilização de ativos naturais na formulação de produtos e os desafios decorrentes do desenvolvimento de cosméticos e embalagens de forma sustentável; questões relativas à legislação e certificação desses produtos e o comportamento das empresas na execução de estratégias competitivas para acompanhar esse movimento. Para isso, a pesquisa foi realizada conforme as palavras-chaves em bancos de dados como Scielo, PubMed, ResearchGate e Google Acadêmico, além de publicações em periódicos relevantes do segmento de interesse. Com base nos dados apresentados neste estudo, evidencia-se que a considerada tendência se tornou uma prática sólida no setor de beleza, originando um mercado preocupado com seu desempenho ambiental frente aos novos desejos da sociedade; ainda assim, por permanecer em constante evolução, assim como seus consumidores, essa prática apresenta alguns obstáculos expressivos, fazendo-se necessária uma análise crítica a partir das considerações expostas.