Percepção de equipes de trabalho sobre o ruído em pronto-socorro

Abstract

RESUMO Objetivo Comparar a percepção dos profissionais das áreas de enfermagem e administrativa frente ao ruído no pronto-socorro. Métodos Estudo descritivo, com análise quantitativa. A percepção do ruído foi avaliada por meio de questionário, em forma de entrevista. Participaram do estudo 59 profissionais, 38 da área de enfermagem e 21 da área administrativa. O levantamento estatístico levou em conta o nível de significância de 0,05 (5%), através do teste Qui-quadrado. Resultados A percepção do ruído pelos profissionais de enfermagem e administração, no pronto-socorro, foi considerada como ruidosa e mais intensa no turno da tarde. Profissionais da enfermagem identificaram mais os ruídos dos equipamentos (60,53%) e os da área administrativa, os ruídos de pessoas (85,71%). As queixas extra-auditivas mais citadas foram cansaço, estresse, ansiedade, nervosismo e irritabilidade. Os profissionais da enfermagem demonstraram ser os mais incomodados com o ruído, porém, os administrativos referiram dificuldades em desempenhar suas tarefas. Conclusão Houve diferença na percepção do ruído entre os profissionais das áreas de enfermagem e administrativa, mas para ambas as áreas, o ruído de maior incômodo é aquele produzido por pessoas, mostrando a necessidade de programas educativos de prevenção e conscientização para redução de ruído, direcionados aos profissionais do pronto-socorro.

Dificuldades Encontradas Por Enfermeiros Na Inserção Do Homem Na Atenção Básica De Saúde

“…Ao comparar a percepção dos profissionais das áreas de enfermagem e administrativa frente ao ruído no pronto-socorro, Filus et al (2018) identificaram que a percepção do ruído pelos profissionais de enfermagem e administração, no pronto-socorro, foi considerada como ruidosa e mais intensa no turno da tarde. Os profissionais da enfermagem identificaram mais os ruídos dos equipamentos (60,53%).…”

Percepção do ruído e seus efeitos em funcionários de um hospital universitário

“…Ao analisar o perfil dos profissionais que compuseram a amostra, pode-se verificar que a maioria era do sexo feminino, com idade média de 38 anos. Esse perfil corrobora outros estudos realizados no ambiente hospitalar, e é compatível com o fato de que grande parte das categorias profissionais na área da saúde é composta principalmente por mulheres (Costa et al, 2013;Sampaio et al, 2010;Filus et al, 2018). A categoria profissional com maior número de indivíduos foi a dos técnicos de enfermagem, assim como no estudo de Sampaio e colaboradores (2010), realizado com a equipe multidisciplinar de um hospital.…”

“…Os profissionais do turno Diurno permanecem no hospital durante os períodos da manhã, da tarde e início da noite, sendo assim, era esperado que apenas estes e os que têm jornada de trabalho de 24 horas pudessem responder qual o período do dia eles consideram mais ruidoso. Dentre os que responderam a essa pergunta, a grande maioria referiu o turno da manhã (72,1%), diferente dos achados do estudo Filus et al (2018) Dentre outros, o item da NR 17 intitulado "Condições de conforto no ambiente de trabalho" indica que para locais de trabalho em ambientes internos onde são executadas atividades que exijam solicitação intelectual e atenção constantes, devem ser adotadas medidas de conforto acústico e térmico. No caso do conforto acústico, o nível de ruído de fundo deve respeitar os valores de referências das normas técnicas oficiais.…”

“…Cabe ressaltar que a percepção quanto às fontes é subjetiva e pode variar de acordo com cada indivíduo e/ou categoria profissional. Em estudo realizado por Filus et al (2018), que comparou a percepção entre profissionais das áreas de enfermagem e administrativa frente ao ruído no pronto-socorro, os profissionais da enfermagem apresentaram maior percepção para o ruído dos equipamentos (60,53%) enquanto os da área administrativa, para o ruído de pessoas (85,71%).…”

“…Os efeitos do ruído percebidos de forma mais pelos profissionais foram o incômodo, a dificuldade de comunicação, o estresse e a irritabilidade. Tais resultados corroboram outros estudos que identificaram elevada ocorrência de efeitos como estresse (Ryherd et al, 2008;Carvalho et al, 2005;Filus et al, 2018), irritabilidade (Costa et al, 2013;Filus et al, 2018) e incômodo (Costa et al, 2013;Andrade et al, 2016;Nazario et al, 2015); relatados por funcionários de hospitais.…”