Penser et encourager la science. La création de la Junta de Educação Nacional et la politique d’organisation scientifique sous l’Estado Novo

O papel das associações para o progresso das ciências na génese das políticas científicas Um olhar comparado

“…Nos anos 1930 do século passado, em plenos anos da Grande Depressão, a BAAS foi mesmo vista como um órgão de 'coordenação informal' das agências nacionais de apoio à ciência e tecnologia. Todavia, após a Segunda Guerra Mundial, perante a emergência de novos organismos na área das políticas científicas, a BAAS passará a justificar a sua existência enquanto agente de 'profissionalização' da ciência e dos seus especialistas (Macleod & Collins, 1981, Todavia, apesar da APC portuguesa não ter assumido a dimensão de outras associações congéneres, um aspeto importante no processo de implantação da APPC é a sintonia de ideias com a geração finissecular que começou a defender a importância da cultura e da prática científica, assim como a relativa sincronia com tentativas de estabelecer em Portugal uma agência de promoção e apoio à investigação científica (Rollo et al, 2011). Por outro, a sua criação inseria-se no espírito e nos desafios da época, no que teve essencialmente que ver com a percepção da posição do País face ao desenvolvimento científico e à sua inserção internacional.…”

“…Não obstante número razoável de estudos (Godin et al, 2000;Rollo et al, 2011Rollo et al, , 2012Brandão, 2017aBrandão, , 2017bRollo et al, 2018;Brandão et al, 2018;Sánchez-Ron, 1988, 1992, 1998, 2000Sánchez-Ron & Lafuente, 2007;Muñoz, 1990;Santesmases & Muñoz, 1993;Zaragoza et al, 1990, Malet, 2008Amadeo, 1978;Hurtado, 2010;Feld, 2015;Del Bello, 2016), na maioria focados em casos nacionais, a institucionalização da ciência segue sendo um enigma, não apenas para historiadores da ciência, mas muito em particular para estudiosos da inovação e gestores de C&T. Sendo ainda hoje desafiante compreender e situar um perfil institucional, a sua identidade e os modelos alternativos dos mais diversos atores institucionais dos atuais sistemas nacionais de CTI -ciência, tecnologia e inovação. Uma das razões reside, evidentemente, numa certa falta de cultura histórica.…”

Luso-Brazilian geographies? The making of epistemic communities in semi-peripheral academic human geography

“…However, the first two geography research centres in Portugal only emerged in the 1940s, respectively at the University of Lisbon in 1943 and at the University of Coimbra in 1949. Both institutions were called Centro de Estudos Geográficos, and operated under the functional supervision and financial support of the Instituto de Alta Cultura (IAC), the main funding body for science and culture in Portugal (Almeida et al, 2003; Rollo et al, 2012).…”

“…Indeed, the interest of Portuguese geographers in Brazil was undoubtedly related to the emergence of a research programme on the tropical regions of interest for Portugal, namely its colonies in Africa and Asia, and the former colony of Brazil. This research programme, which was a priority for the IAC in a broad context of disintegrating empires and the emergence of New World powers on both sides of Western Europe (Rollo et al, 2012; Castelo, 2012), was led by Ribeiro, who was influenced by French tropical geography, namely by Pierre Gourou (Oliveira, 2017, 2019). Aligned with the governmental purposes of ‘scientific occupation of the overseas’, which combined colonizing action with tropical research, Ribeiro’s main goal was to undertake a geography of the ‘world that the Portuguese created’, which meant the geographies of Portuguese colonies (Pimenta et al, 2011; Brandão, 2015).…”

Portugal’s Rising Research in Architecture and Urbanism: The Influence of International Research Centers and Authors

“…Princípios e pressupostos da criação da Junta de Educação Nacional na génese da política de organização científica do Estado Novo” [To Think and to Order to Do Science. Principles and Assumptions of the Creation of the National Education Council in the Genesis of the Estado Novo’s Scientific Organization Policy], Ler História 61 (2011): 105-45; Tiago Brandão, “A emergência da Junta Nacional de Investigação Científica e Tecnológica (1967-1974): receção de um modelo e racionalidades tecnocratas” [The Emergence of the General Council of the National Board for Scientific and Technical Research (1967-1974): Reception of a Model and Technocratic Rationalities], Análise Social 223 (2017): 234-79.…”