O presente artigo se inscreve na interface entre os Movimentos Sociais e a Educação, partindo da realidade da prática educativa da Mística do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). A problemática que mobiliza esta reflexão é: quais as possíveis contribuições da Mística na perspectiva da educação emancipatória para o fortalecimento dos processos de formação humana no MST? O artigo tem como objetivo analisar as contribuições da Mística na perspectiva da educação emancipatória para o fortalecimento dos processos de formação humana no Movimento Sem Terra. Para tal itinerário, mobilizou-se a metodologia baseada na pesquisa bibliográfica. No desenvolvimento do percurso teórico-metodológico, fez-se uso das reflexões de autores abalizados nas discussões, tais como: Coelho (2010), Caldart (2012), Stedile e Fernandes (2012), Souza (2012), Moura (2019) e Figueiredo (2020). Por fim, concluiu-se que a Mística enquanto prática educativa possibilita o fortalecimento do processo de formação humana e identitária do povo político do MST e, ao mesmo tempo, a educação para a coletividade a qual torna consistente a existência e a mobilização organizativa e política do Movimento Sem Terra no decorrer da história e das lutas sociais por um projeto societário outro.