As comunidades ribeirinhas que estão localizadas nas margens dos rios amazônicos vivem de maneira unificada com o meio físico no qual estão inseridos, utilizando os recursos naturais disponíveis, nesse seguimento os costumes e hábitos culturais estão atrelados a isso. Na ilha Piquiá, localizada na zona rural do município de Tucuruí, na região do reservatório da UHE do município homônimo, está situada uma pequena escola de ensino fundamental chamada Presidente Prudente de Moraes, no qual abarca a demanda de estudantes da ilha e áreas do entorno, os alunos que frequentam a escola, embora tenham contato com tecnologia através de celulares e smarthphones com acesso à internet, ainda resguardam e praticam muitos hábitos culturais do grupo social da ilha Piquiá, como a construção de canoas, plantio de roças, produção de farinha e confecção de redes de pesca. O presente artigo tem como objetivo evidenciar e demonstrar como os saberes e conhecimentos ribeirinhos da comunidade escolar e familiar da Ilha do Piquiá, junto à Escola Municipal de Ensino Fundamental Presidente Prudente de Moraes estão sendo resguardados e valorizados no que tange as práticas culturais coletiva e individualmente. Para a pesquisa utilizou-se como procedimentos metodológicos levantamento bibliográfico, seleção de textos, anotações, busca em sites, relatos de professores e experiência de pessoas que atuaram na escola. Os resultados do artigo apontam que a escola, nesse contexto, exerce um papel fundamental na validação e no repasse dos saberes ribeirinhos, desde as histórias até as atividades cotidianas típicas anteriormente citadas, posto que, os estudantes estão imersos dentro dos núcleos culturais e atuam na cristalização dos conhecimentos, os mantendo vivos e ativos.