A calcinose cutânea em cães é uma condição dermatológica que envolve o depósito de sais de cálcio na pele dos animais. Sua etiologia ainda não foi totalmente estabelecida, mas acredita-se que fatores genéticos, nutricionais e metabólicos possam desempenhar um papel importante no desenvolvimento da doença. Esta patologia é dividida de acordo com sua patogênese em quatro subtipos: distrófica, metastática, idiopática e iatrogênica, sendo a distrófica a causa mais comum. O hipercortisolismo, também conhecido como síndrome de Cushing, é uma das principais causas de calcinose cutânea em cães. Nesta condição, há um excesso de produção de cortisol pelas glândulas adrenais, levando a uma série de alterações metabólicas, imunológicas e inflamatórias, que contribuem para a formação de depósitos de cálcio na pele. Os sintomas são variáveis, mas geralmente se manifestam por meio da formação de nódulos subcutâneos duros e brancos, que podem ulcerar ou drenar material cremoso. Seu diagnóstico é realizado por meio de exames clínicos e laboratoriais, como citologia dos nódulos, biópsia e exames laboratoriais. O tratamento visa o controle da doença subjacente e cuidados locais, porém é bastante desafiador, uma vez que não há uma terapia específica estabelecida. Esse trabalho objetivou relatar um caso de um cão diagnosticado com hipercortisolismo e apresentando calcinose cutânea secundária.