Abstract:ResumoO presente artigo busca analisar as principais linhas interpretativas sobre a tela Partida da Monção de Almeida Júnior, de 1897, elaboradas pelo Museu Paulista da Universidade de São Paulo. Para isso, optamos por acompanhar as linhas críticas que filiam a obra ao movimento bandeirante e seus desdobramentos, do incipiente Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo aos principais divulgadores da história paulista, entre a confecção do quadro aos primeiros anos da segunda metade do século passado.
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“…Antes da finalização do quadro ele produziu três outros estudos, dois dos quais se encontram reproduzidos em Relatos monçoeiros (Imagens 13 e 14). Em 1905, A Partida da Monção foi transferida para o Liceu de Artes e Ofícios visando sua incorporação ao acervo da Pinacoteca (OLIVEIRA, 2009). Seu retorno ao Museu Paulista se deu em 1929, na condição de protagonista da Sala A-9, consagrada às monções e a Almeida Júnior, inaugurada por Affonso Taunay no ano corrente.…”
Em 1953, a Livraria Martins Editora publicou o nono volume de sua Biblioteca Histórica Paulista, intitulado Relatos monçoeiros. Organizado pelo historiador Affonso d’Escragnolle Taunay, a obra congrega estudos introdutórios de sua autoria, documentos textuais dos séculos XVII e XVIII e documentos iconográficos relativos às monções, em sua maioria telas pertencentes ao acervo do Museu Paulista. Este artigo visa investigar o projeto editorial que orientou a formação de Relatos monçoeiros com o intuito de apreender aquilo que Affonso Taunay entendia por monções, assim como as consequências dessa perspectiva para o conhecimento acerca desse episódio histórico. Para isso, os textos e as imagens que compõem a obra serão examinados enquanto vestígios da compreensão que o seu organizador apresentava sobre a temática.
“…Antes da finalização do quadro ele produziu três outros estudos, dois dos quais se encontram reproduzidos em Relatos monçoeiros (Imagens 13 e 14). Em 1905, A Partida da Monção foi transferida para o Liceu de Artes e Ofícios visando sua incorporação ao acervo da Pinacoteca (OLIVEIRA, 2009). Seu retorno ao Museu Paulista se deu em 1929, na condição de protagonista da Sala A-9, consagrada às monções e a Almeida Júnior, inaugurada por Affonso Taunay no ano corrente.…”
Em 1953, a Livraria Martins Editora publicou o nono volume de sua Biblioteca Histórica Paulista, intitulado Relatos monçoeiros. Organizado pelo historiador Affonso d’Escragnolle Taunay, a obra congrega estudos introdutórios de sua autoria, documentos textuais dos séculos XVII e XVIII e documentos iconográficos relativos às monções, em sua maioria telas pertencentes ao acervo do Museu Paulista. Este artigo visa investigar o projeto editorial que orientou a formação de Relatos monçoeiros com o intuito de apreender aquilo que Affonso Taunay entendia por monções, assim como as consequências dessa perspectiva para o conhecimento acerca desse episódio histórico. Para isso, os textos e as imagens que compõem a obra serão examinados enquanto vestígios da compreensão que o seu organizador apresentava sobre a temática.
“…Um conjunto de obras que bregam com os museus foi um importante motivador para a constituição da nossa carreira. Interessa-nos as diferentes posições que marcaram a brega de Partida da Monção (1897), de Almeida Júnior, no Museu Paulista da Universidade de São Paulo, num processo de negociações difícil com a história da cultura material que orientava a instituição até o início dos anos 2000 (OLIVEIRA, 2008). No mesmo museu, temos a obra cúmplice, como bem retratamos nas experiências de bregar de Independência ou Morte!…”
O presente texto busca pontuar as motivações de um historiador da arte frente aos desafios dessa disciplina nas últimas três décadas. De evidente trato autobiográfico, o texto percorre escolhas conceituais, as noções eleitas e usa a brega como prática metodológica para construir as abordagens da arte. Insinuamos, ainda, alguns modelos epistemológicos de compreensão da produção artística, seja pela explicitação dos autores no texto, seja pelas parcerias do que chamamos de comunidade de intérpretes.
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