“…A recepção de Paulo Freire no Brasil Débora Dias, Mélanie Toulhoat -Em uma entrevista, no ano de 2007, Ana Maria Araújo Freire afirmou que "Paulo é muito estudado na academia, mas ele é muito mais bem visto, mais bem quisto, mais querido e mais estudado nos movimentos populares" (Freire 2007: 685). Enquanto métricas são repetidas com recorrência para atestar a influência de Paulo Freire 2 nos estudos de Educação, de Filosofia, de Sociologia, de Ciência Política, de Psicologia, de Serviço Social, de História, de Artes -numa lógica de ranking que é contrária às matrizes desse próprio pensamento (Fischman et al 2018) -há uma leitura que não é tão fácil de medir ou de dimensionar quanto a suas práticas e alcance, como a realizada coletivamente por movimentos sociais. Numa mirada panorâmica, há experiências de educação quilombola, de educação indígena e práticas pedagógicas do Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Sem Terra (MST) no Brasil, com fortes vínculos com a pedagogia freireana (Gonçalves et al 2022: 34).…”