A termografia infravermelha foi utilizada para analisar inflamação, infecção ou trauma capaz de modificar o fluxo sanguíneo em uma região anatômica. Objetiva-se avaliar a temperatura superficial da parede abdominal ventral de coelhos (Oryctolagus cuniculus) pré e pós-laparorrafia com fios de quitosana, ou poliglecaprone, por termografia infravermelho. O experimento foi realizado em duas etapas. Na primeira etapa, foram utilizados sete coelhos machos e sete fêmeas. Neste período, as avaliações durante os períodos matutino e vespertino foram realizadas por dez dias consecutivos. Na segunda etapa, foram utilizados 42 coelhos, alocados em dois grupos com 21 animais cada. Um grupo foi submetido a laparorrafia mediana com sutura de quitosana e o outro com fio de Poliglecaprone 25. Nesta fase, as avaliações termográficas foram iniciadas no primeiro dia de pós-operatório e repetidas diariamente pela manhã. Na fase pré-operatória, as temperaturas da superfície abdominal variaram de 37,69 -38,38. Em relação ao pósoperatório, notou-se diferença estatística para todas as comparações estudadas: P = 0,0035 entre a primeira e segunda etapas; P = 0,0003 entre os grupos Quitosana e Poliglecaprona. Em conclusão, a temperatura da superfície abdominal de coelhos, avaliada pelo método do infravermelho, varia entre os períodos do dia mesmo em ambiente controlado, e também diverge na reparação tecidual da laparorrafia com suturas de quitosana ou poliglecaprone.