Este artigo apresenta uma proposta de tradução de três exemplares paradigmáticos dos centões latinos. No entanto, para análise mais acurada dessas obras específicas, e, por conseguinte, de todos os exemplares conhecidos da ars centonaria, uma técnica de composição poética ainda pouco estudada entre os lusófonos, buscou-se oferecer um estudo introdutório que não apenas detalhasse suas origens, mas que também fornecesse aos leitores subsídios para a decodificação da intertextualidade constituinte dos centões. Para tanto, foram aplicadas modernas teorias semióticas, em virtude das quais pode ser percebida e aproveitada a riqueza literária contida nesses poemas, resultado do intenso diálogo com a herança clássica que motivava a produção poética durante a Antiguidade tardia.