Abstract:ResumoA ruptura do ligamento cruzado cranial (RLCC) é a causa comum de claudicação no membro pélvico em cães. Estudos recentes demonstram que o ângulo de inclinação do platô tibial está associado à RLCC. A partir dessa descoberta, desenvolveu-se a técnica de osteotomia e nivelamento do platô tibial (TPLO). A técnica consiste na osteotomia, rotação e estabilização da porção proximal da tíbia, alterando a mecânica da articulação, neutralizando o impulso tibial cranial. A proposta do presente estudo é revisar a t… Show more
“…De acordo com alguns autores 5,9,10,16,26,56 os sinais clínicos apresentados pelos animais com RLCCr são compatíveis com os apresentados pelo animal no caso relato, como claudicação, sensibilidade dolorosa à palpação, apresentação de um ângulo maior de flexão da articulação quando em estação, apoio em 9,11 . Os aspectos radiográficos são condizentes com os descritos em literatura, caracterizados por um deslocamento excessivo da tíbia em relação ao fêmur e uma inclinação APT acima do esperado para a espécie 5,18,47,48 , visto que no caso relatado, o animal apresentava uma inclinação do platô de 31º em MPE. Como diagnóstico, além do exame radiográfico, o teste de gaveta e o de compressão tibial cranial, realizados no exame físico e ambos com resultados positivos contribuíram para o diagnóstico de RLCCr, confirmando assim a importância da somatória desses exames para identificar e concluir a suspeita de RLCCr como descrita por alguns autores 1,5,18,56 .…”
Section: Discussionunclassified
“…Estudos demonstram que animais com RLCCr ao exame radiográfico apresentam uma angulação maior do platô tibial do que aqueles sem alteração na articulação 4,47 . A inclinação normal do platô tibial em cães varia entre 18º e 24º, onde uma angulação entre 23,5º a 28,3º já predispõe a alguma alteração no LCCr e articulações que ultrapassam 34º já são consideradas excessivas 5,47,49 .…”
unclassified
“…Estudos demonstram que animais com RLCCr ao exame radiográfico apresentam uma angulação maior do platô tibial do que aqueles sem alteração na articulação 4,47 . A inclinação normal do platô tibial em cães varia entre 18º e 24º, onde uma angulação entre 23,5º a 28,3º já predispõe a alguma alteração no LCCr e articulações que ultrapassam 34º já são consideradas excessivas 5,47,49 . Com base nesses estudos, surgiram as técnicas baseadas em osteotomias, que visam neutralizar ou diminuir o deslocamento cranial na compressão tibial, por meio da alteração geométrica da tíbia proximal, além de garantir uma estabilidade funcional da articulação 5,23,37 .…”
unclassified
“…Um estudo experimental demonstrou que uma variação da inclinação do APT no pós-operatório entre 5º e 7º é suficiente para a restauração da articulação femorotibiopatelar, pois permite um controle adequado da compressão tibial pelo LCCd 45 . Para a TPLO ser bem sucedida, também é de extrema importância que o cirurgião nunca reduza o grau do platô tibial a 0º para não predispor a futuras lesões do LCCd 47,48 . A técnica transforma o deslocamento cranial da tíbia em um deslocamento caudal, e consequentemente após essa alteração, o LCCd torna-se o principal ligamento responsável pela estabilidade de translação craniocaudal da articulação 39 .…”
unclassified
“…A técnica de TPLO promove uma estabilidade dinâmica e não estática da articulação, assim o teste de compressão tibial estará negativo, porém o animal ainda apresentará teste de gaveta positivo 9,46,65 . As vantagens da TPLO consistem na precisão geométrica da rotação do platô tibial, boa utilidade em animais com angulação maior que 28º e pela manutenção anatômica da tuberosidade tibial e articulação femoropatelar 5,23,30,31 .…”
A osteotomia de nivelamento do platô tibial (TPLO) é uma das técnicas mais utilizadas atualmente no tratamento da ruptura do ligamento cruzado cranial (RLCCr). A técnica promove uma estabilidade articular alterando a geometria da tíbia proximal, neutralizando as forças que agem cranialmente sobre a articulação. No caso descrito observou-se o uso da TPLO em um cão com RLCCr com ângulo do platô tibial (APT) de 31º e após o procedimento, de 7º e o animal apresentou apoio precoce do membro após a cirurgia. A TPLO mostrou-se efetiva no tratamento da RLCCr devido ao rápido retorno funcional do membro operado e comprovou que uma variação do APT final entre 5º e 7º é eficaz para a técnica. O presente trabalho objetiva relatar o caso de um cão com RLCCr e avaliar a eficiência da TPLO como tratamento considerando a técnica cirúrgica, resultados e o tempo do retorno funcional do membro operado.
“…De acordo com alguns autores 5,9,10,16,26,56 os sinais clínicos apresentados pelos animais com RLCCr são compatíveis com os apresentados pelo animal no caso relato, como claudicação, sensibilidade dolorosa à palpação, apresentação de um ângulo maior de flexão da articulação quando em estação, apoio em 9,11 . Os aspectos radiográficos são condizentes com os descritos em literatura, caracterizados por um deslocamento excessivo da tíbia em relação ao fêmur e uma inclinação APT acima do esperado para a espécie 5,18,47,48 , visto que no caso relatado, o animal apresentava uma inclinação do platô de 31º em MPE. Como diagnóstico, além do exame radiográfico, o teste de gaveta e o de compressão tibial cranial, realizados no exame físico e ambos com resultados positivos contribuíram para o diagnóstico de RLCCr, confirmando assim a importância da somatória desses exames para identificar e concluir a suspeita de RLCCr como descrita por alguns autores 1,5,18,56 .…”
Section: Discussionunclassified
“…Estudos demonstram que animais com RLCCr ao exame radiográfico apresentam uma angulação maior do platô tibial do que aqueles sem alteração na articulação 4,47 . A inclinação normal do platô tibial em cães varia entre 18º e 24º, onde uma angulação entre 23,5º a 28,3º já predispõe a alguma alteração no LCCr e articulações que ultrapassam 34º já são consideradas excessivas 5,47,49 .…”
unclassified
“…Estudos demonstram que animais com RLCCr ao exame radiográfico apresentam uma angulação maior do platô tibial do que aqueles sem alteração na articulação 4,47 . A inclinação normal do platô tibial em cães varia entre 18º e 24º, onde uma angulação entre 23,5º a 28,3º já predispõe a alguma alteração no LCCr e articulações que ultrapassam 34º já são consideradas excessivas 5,47,49 . Com base nesses estudos, surgiram as técnicas baseadas em osteotomias, que visam neutralizar ou diminuir o deslocamento cranial na compressão tibial, por meio da alteração geométrica da tíbia proximal, além de garantir uma estabilidade funcional da articulação 5,23,37 .…”
unclassified
“…Um estudo experimental demonstrou que uma variação da inclinação do APT no pós-operatório entre 5º e 7º é suficiente para a restauração da articulação femorotibiopatelar, pois permite um controle adequado da compressão tibial pelo LCCd 45 . Para a TPLO ser bem sucedida, também é de extrema importância que o cirurgião nunca reduza o grau do platô tibial a 0º para não predispor a futuras lesões do LCCd 47,48 . A técnica transforma o deslocamento cranial da tíbia em um deslocamento caudal, e consequentemente após essa alteração, o LCCd torna-se o principal ligamento responsável pela estabilidade de translação craniocaudal da articulação 39 .…”
unclassified
“…A técnica de TPLO promove uma estabilidade dinâmica e não estática da articulação, assim o teste de compressão tibial estará negativo, porém o animal ainda apresentará teste de gaveta positivo 9,46,65 . As vantagens da TPLO consistem na precisão geométrica da rotação do platô tibial, boa utilidade em animais com angulação maior que 28º e pela manutenção anatômica da tuberosidade tibial e articulação femoropatelar 5,23,30,31 .…”
A osteotomia de nivelamento do platô tibial (TPLO) é uma das técnicas mais utilizadas atualmente no tratamento da ruptura do ligamento cruzado cranial (RLCCr). A técnica promove uma estabilidade articular alterando a geometria da tíbia proximal, neutralizando as forças que agem cranialmente sobre a articulação. No caso descrito observou-se o uso da TPLO em um cão com RLCCr com ângulo do platô tibial (APT) de 31º e após o procedimento, de 7º e o animal apresentou apoio precoce do membro após a cirurgia. A TPLO mostrou-se efetiva no tratamento da RLCCr devido ao rápido retorno funcional do membro operado e comprovou que uma variação do APT final entre 5º e 7º é eficaz para a técnica. O presente trabalho objetiva relatar o caso de um cão com RLCCr e avaliar a eficiência da TPLO como tratamento considerando a técnica cirúrgica, resultados e o tempo do retorno funcional do membro operado.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.