Identificar a incidência de adoecimento e de óbitos na enfermagem brasileira por COVID-19 baseados nos dados do observatório da enfermagem do Conselho Federal de Enfermagem. Métodos: Estudo descritivo, de abordagem quantitativa, tendo como fonte dados do Observatório da Enfermagem, do Conselho Federal de Enfermagem. A coleta de dados considerou o acumulado de março de 2020 a julho de 2021, considerando variáveis como sexo, faixa etária, região geográfica, número de casos suspeitos, confirmados e número de óbitos. Resultados: O Brasil registrava, no período investigado, 30.643 profissionais de enfermagem com diagnóstico confirmado da SARS-CoV-2 e 800 vidas perdidas. A região norte é a com maior número de casos confirmados, de óbitos e a mais alta taxa de letalidade. O número de mortes é mais elevado no sexo feminino, especialmente na faixa etária de 51 a 60 anos. Entre os homens, ocorreram mais mortes na faixa de 41 a 50 anos. Os elevados números identificados demandaram importante discussão quantos às condições de trabalho destes profissionais durante a pandemia. Conclusão: A pandemia desvelou a necessidade do debate sobre a qualidade dos serviços assistenciais e condições de trabalho em saúde, pois quando precárias, podem também ser fonte de sofrimento físico e mental para o profissional de enfermagem.