2018
DOI: 10.17231/comsoc.34(2018).2937
|View full text |Cite
|
Sign up to set email alerts
|

Os países lusófonos e o desafio de uma circum-navegação tecnológica

Abstract: ResumoProponho neste artigo a hipótese de estarmos a fazer uma travessia tecnológica, em muitos aspetos análoga à travessia marítima europeia dos séculos XV e XVI (Martins, 2015a(Martins, , 2017(Martins, , 2018a(Martins, , 2018b. Coloco, pois, em confronto a natureza tecnológica da atual globalização financeira e a natureza comercial da expansão marítima europeia. E se da primeira travessia resultou a colonização de povos e nações, com a segunda travessia passámos, em século e meio, àquilo a que Edgar Morin ch… Show more

Help me understand this report

Search citation statements

Order By: Relevance

Paper Sections

Select...
1
1

Citation Types

0
1
0
4

Year Published

2019
2019
2022
2022

Publication Types

Select...
4
2

Relationship

5
1

Authors

Journals

citations
Cited by 6 publications
(5 citation statements)
references
References 8 publications
(14 reference statements)
0
1
0
4
Order By: Relevance
“…Há mais de duas décadas que me interesso por pensar o outro da expansão europeia, especificamente a expansão portuguesa (Martins, 1990(Martins, /2016(Martins, , 1991(Martins, , 1996(Martins, , 2006(Martins, , 2011b(Martins, , 2014(Martins, , 2015a(Martins, , 2017(Martins, , 2018a(Martins, , 2018b(Martins, , 2018c. Interessei-me por aquele que o cronista Pero Vaz de Caminha, em carta que escreveu ao Rei D. Manuel I, em 1500 11 , descreveu com deslumbramento, como gente de feitio dócil, pacífica, de bons narizes e correndo nus pela praia, sem qualquer constrangimento pelas suas vergonhas.…”
Section: A Lusofonia Entre a Totalidade E O Infinitounclassified
“…Há mais de duas décadas que me interesso por pensar o outro da expansão europeia, especificamente a expansão portuguesa (Martins, 1990(Martins, /2016(Martins, , 1991(Martins, , 1996(Martins, , 2006(Martins, , 2011b(Martins, , 2014(Martins, , 2015a(Martins, , 2017(Martins, , 2018a(Martins, , 2018b(Martins, , 2018c. Interessei-me por aquele que o cronista Pero Vaz de Caminha, em carta que escreveu ao Rei D. Manuel I, em 1500 11 , descreveu com deslumbramento, como gente de feitio dócil, pacífica, de bons narizes e correndo nus pela praia, sem qualquer constrangimento pelas suas vergonhas.…”
Section: A Lusofonia Entre a Totalidade E O Infinitounclassified
“…Armando Jorge Lopes, a Mozambican linguist, places Lusophony amongst the Mozambican beads "of language, culture and inclusiveness," beads that are introduced into the thread of communication -that are "beads of coloured glass and other materials," and "are also beads of the world" (Lopes, 2017, p. 288). Carlos Alberto Faraco, in turn, refers, with a certain degree of suspicion, to Lusophony, but this did not prevent him from coordinating the I have been interested in thinking about the other of European expansion, specifically Portuguese expansion, for more than two decades (Martins, 1990(Martins, /2016(Martins, , 1991(Martins, , 1996(Martins, , 2006(Martins, , 2011b(Martins, , 2014(Martins, , 2015a(Martins, , 2017(Martins, , 2018a(Martins, , 2018b(Martins, , 2018c. I was interested by that which the chronicler Pero Vaz de Caminha wrote in a letter to King D. Manuel in 1500 11 , describing with awe a docile, peaceful people with fine noses, who ran naked on the beach without any embarrassment or shame.…”
Section: Lusophony Between Totality and The Infinitementioning
confidence: 99%
“…As políticas de ciência, língua e cultura, e também o modo como elas modelam e condicionam o desenvolvimento das comunidades lusófonas e ibero-americanas de Ciências Sociais e Humanas, supõem, todavia, que consideremos o atual contexto da globalização do conhecimento e da cultura digital, e que façamos juntos uma travessia de "circum-navegação tecnológica" (Martins, 2018). Com efeito, sendo tecnológica a condição da época, o ciberespaço passou a ser um novo lugar do conhecimento científico (Maffesoli & Martins, 2011), sem dúvida em língua inglesa, com as políticas de comunicação a saltar para os sites, os portais eletrónicos, as redes sociais, os repositórios digitais e os museus virtuais; mas do ponto de vista que nos interessa, o novo lugar do conhecimento tem de ser, também, em língua portuguesa, assim como em língua espanhola (Martins, 2017a;Martins & Oliveira, 2013a).…”
unclassified