Os encontros de serviço de deficientes visuais em Instituições de Ensino Superior

Abstract

O artigo possui o objetivo de compreender a avaliação dos alunos com deficiência visual sobre os encontros de serviço com funcionários de secretaria e professores em Instituições de Ensino Superior (IES). Foi utilizada uma abordagem qualitativa e, assim, realizaram-se 10 entrevistas semiestruturadas face-a-face com estudantes universitários deficientes visuais. Os dados foram coletados através da Técnica do Incidente Crítico (TIC) e as falas obtidas foram analisadas por meio da análise de conteúdo. Concluiu-se que os encontros de serviços foram avaliados negativamente devido à estigmatização e ao preconceito dos colaboradores das IES, principalmente dos professores. A partir da identificação das ações inclusivas e exclusivas das IES e dos incidentes críticos onde a vulnerabilidade de consumo foi observada, também foi evidenciado que o processo de inclusão escolar das IES públicas encontra-se mais avançado em relação às universidades particulares, embora ambas possuam diversas falhas em sua operacionalização.

Consumption of Visually Impaired Students Based on the Theory of Consumer Vulnerability and Resilience

“…The first step to be followed provide suitable services to visually impaired children is to dialog with the students and their relatives. The structural alterations that these students require do not depend on large financial investments but on the sensitivity of teachers and school managers regarding inclusion studies, as noted in recent articles (Yu et al, 2015;Coelho, Orsini, & Abreu, 2016). In fact, the results indicate that the adaptation of tools and equipment, dialogue with sighted students and their parents, and rapprochement with NGOs are initiatives that can be adopted by school representatives and do not involve high financial costs.…”

O deficiente visual e a escola: um estudo etnográfico sob a perspectiva da pesquisa transformativa do consumidor

“…Contudo, é importante salientar que os próprios consumidores deficientes visuais são resilientes e encontram alternativas para adaptarem-se a essas práticas do mercado, através da utilização de fontes alternativas de informação (buscando na memória, escutando comerciais, amigos e familiares) para ajudá-los no processo de decisão (AMARO et al, 2008;ORSINI;ABREU, 2016), bem como os demais elementos sensoriais são desenvolvidos para compensar a limitação visual (PINTO; FREITAS, 2013).…”

“…As contribuições gerenciais deste estudo são voltadas para escolas que atendem alunos no ensino fundamental. O primeiro passo a ser seguido para a prestação de serviços adequados às crianças cegas e com baixa visão é iniciar o diálogo com os próprios alunos e com os seus responsáveis, como já foi constado em estudos recentes (FARIA, 2015;YU et al, 2015;ORSINI;ABREU, 2016). As adaptações necessárias para o desenvolvimento dos alunos, em muitos casos, não dependem de grandes investimentos financeiros, mas da sensibilidade de professores e gestores escolares em prol da inclusão.…”

Inclusão da Criança com Deficiência Visual em Serviços de Ensino sob a Perspectiva da Pesquisa Transformativa do Consumidor

“…Ademais, é importante destacar que os próprios consumidores deficientes visuais são resilientes e encontram alternativas para adaptarem-se a essas práticas do mercado, através da utilização de fontes alternativas de informação (buscando na memória, escutando comerciais, amigos e familiares) para ajudá-los no processo de decisão (Amaroet al, 2008;Coelho, Orsini, & Abreu, 2016), bem como os demais elementos sensoriais são desenvolvidos para compensar a limitação visual (Pinto & Freitas, 2013).…”

“…Tanto nas universidades (Regiani & Mol, 2013;Coelho, Orsini, & Abreu, 2016) quanto nas escolas (Vilaronga & Caiado, 2013) práticas exclusivas são manifestadas, sendo responsáveis, inclusive, pelo abandono dos alunos das instituições de ensino. Quando tais práticas ocorrem no ensino fundamental, os alunos cegos ou com baixa visão perdem a oportunidade de se alfabetizarem, além de serem estimulados ao isolamento da sociedade (Fiorini, Deliberato, & Manzini, 2013).…”