Origem e memória das universidades medievais a preservação de uma instituição educacional

Abstract

Analisamos a universidade medieval a partir de dois olhares distintos, mas unidos, que formam a idéia de totalidade desta instituição. Em um, tratamos da sua origem no seio do medievo enquanto criação de um espaço novo de construção e preservação dos saberes. Temos aqui que considerar o papel desempenhado pelos movimentos citadinos, que davam ao mundo medievo uma nova feição, e pelo pensamento escolástico, que alcançava sua plenitude no interior desta instituição. Em outro, tratamos a universidade como um patrimônio histórico, portanto, como uma instituição a ser preservada e recordada. A memória assume, aqui, papel importante como sujeito imperativo da construção do ser pessoa (Aquino). Capta-se seu significado da perspectiva histórica e da memória, revelando o sentido de pertencimento social que possui por dar caráter de universalidade ao saber e ao agir dos homens. História e memória se entrelaçam e a universidade surge como espaço do saber mediado pelas relações do poder político.

Financiamento público e expansão da educação superior federal no Brasil: o REUNI e as perspectivas para o REUNI 2

“…A Universidade é vista como um espaço novo de desenvolvimento e preservação dos saberes e também de formação da cidadania, pois uma de suas principais funções é desenvolver a inquietude do ser social (WANDERLEY, 1988;MARCOVITCH, 1998;OLIVEIRA, 2007 Finalmente, segundo a Difes, muitos investimentos têm acontecido neste sentido, priorizando não só o ensino, como a pesquisa e a extensão, algo que eles acreditam ser respondido dentro de um tempo pelas próprias universidades federais.…”

Educação superior e agenciamento: a constituição singular do professor da educação superior no presente

“…Há, por parte do sujeito professor, o assujeitamento, uma espécie de curvatura à verdade dos discursos, das práticas, da experiência da docência. Mas há na subjetivação o combate, certa margem de liberdade; há a ação do sujeito sobre si e os outros (OLIVEIRA, 2015). Discursos sobre a docência e o professor da educação superior fazem circular certos saberes com estatuto de verdade que passam a constituir, regular e governar modos de fazer docência e modos de ser professor.…”

Chartularium Portugalensis: reflexões sobre a universidade medieval no Século XIV e a a política

“…Na verdade, a universidade não seria algo novo, comprometida com as mudanças que estavam ocorrendo em outros reinos, a exemplo das Universidades de Paris, Bolonha ou Oxford, instituições que se caracterizariam por terem sido criadas no início do século XIII, período de grande efervescência política e econômica (VERGER, 1990;OLIVEIRA, 2007). A universidade em Portugal, portanto, não estaria, como as demais, atrelada a um movimento inovador, que indicava novos rumos à sociedade, associada às cidades, ao comércio e a um sentimento de universitas simbolizado pelas 'quatro nações'.…”