“…Dos vários modelos e dimensões existentes na literatura, salientam-se aqueles que têm sido mais estudados, como: (a) a tipologia de Denison e Mishra (1995) que propõem a existência de quatro áreas centrais para "avaliar" a cultura de uma organização, sendo elas o envolvimento (e.g., poder de decisão, perceção de objetivos comuns na equipa e de práticas de desenvolvimento de pessoas), a consistência (e.g., perceção de partilha dos valores fundamentais da organização e da liberdade para criticar pontos negativos), a adaptabilidade (e.g., abertura à mudança, foco no cliente e aprendizagem organizacional) e o senso de missão (e.g., intenção estratégica, metas e objetivos e visão); (b) as cinco "dimensões da cultura nacional" (Hofstede et al, 2010), como a distância de poder (e.g., grau elevado ou baixo de afastamento social entre chefes e subordinados), individualismo/ coletivismo (e.g., orientação para competição individual versus harmonia interpessoal), masculinidade/feminilidade (e.g., preferência pelo sucesso e competição versus bem-estar e harmonia interpessoal), evitamento da incerteza (e.g., o grau elevado ou baixo de desconforto perante o risco) e orientação de longo/curto prazo (e.g., o grau elevado ou baixo de preferência numa orientação para o futuro); e (c) a estrutura de "valores culturais concorrentes" (Helfrich et al, 2007), envolvendo quatro tipo de culturas: burocrática (e.g., respeito à hierarquia), equipa (e.g., coesão de grupo), mercado (e.g., competitividade e foco nos objetivos) e empreendedora (e.g., inovação e criatividade). Esta última tipologia é uma das mais amplamente citadas e estudadas (e.g., Bruno--Faria & Fonseca, 2014;Spencer & Skalaban, 2018) e, por isso, a adotada no presente estudo.…”