“…Simultaneamente, com os terrenos agrícolas votados ao abandono, os espaços florestais com uma gestão incipiente e um clima de influência atlântico-mediterrânico favorável ao desenvolvimento da vegetação (Pyne, 2006(Pyne, e 1997, torna-se inevitável o aumento de biomassa de espécies arbustivas altamente inflamáveis, com consequente elevação do risco de incêndio rural e maior suscetibilidade a fogos de extrema severidade (Vélez, 2006(Vélez, e 1982Sil et al, 2019). A incipiente gestão da vegetação, designadamente com a redução da atividade pastoril, contribui para a alteração do regime do fogo de alta frequência e baixa intensidade que existia nos territórios de montanha, evoluindo para um regime de fogo de baixa frequência e alta intensidade que, tal como refere Moreira (2008), transforma os incêndios rurais numa força destruidora de territórios, recursos e vidas humanas, pela frequência com que ocorrem, mas sobretudo pela intensidade.…”