Organic and conventional management in a Parda Alpina dairy goat production system in northeastern Brazil

Abstract

In this study, we compared organic and conventional management in a dairy goat production system in Angicos, Rio Grande do Norte, Northeastern Brazil. Twenty-six Parda Alpina dairy goats were used: 13 in organic management (OM) and 13 in conventional management (CM). The experimental design was completely randomized with two treatments and 13 repetitions. OM practices included estrus synchronization with the "male effect," an herbal-based treatment against endoparasitoses (an extract of lemon [Citrus limonum] and garlic [Allium sativum]) and the control of mastitis using the Embrapa Kit for manual milking with a rosemary pepper (Lippia sidoides) tincture. CM animals received synthetic hormones (Promone®, Prolise®, and Novormon®) for synchronization of estrus, ivermectin for endoparasitoses, and iodized alcohol for mastitis prevention aided by the Embrapa Kit for manual milking. No significant differences were observed between the management types in the pregnancy rate, FEC, FAMACHA© (Faffa Malan Chart) scores, physico-chemical composition of the milk, or somatic cell count (SCC). Both OM and MC had pregnancy rates of 61.54%. The mean values of the egg counts observed in the OM and CM were 24 and 35 eggs g -1 , respectively. The FAMACHA© scores were 1 or 2 and 2, 3, or 4 in OM and CM, respectively. The goats had average weights in OM of 48.53 kg and in CM of 55.92 kg. Milk production, fat, protein, lactose, total solids, and nonfat solids in OM (0.971 kg/day, 2,210, 2,322, 3,306, 7,866, 5,566, respectively) were slightly higher than those in CM (0.946 kg/day, 1,812, 1,812, 2.868, 6.74, 4.928). OM (904,860 cells/mL) and CM (1.02052 million cells/mL) SCC values were similar, with the OM within the acceptable range for milk goats. Organic management was equivalent to conventional management for weight gain, maintenance of animal health standards, reproductive and sanitary control, and milk quantity and quality, and is technically suitable for a dairy goat production system in semiarid conditions. Key words: Agroecology, male effect, internal parasites, herbal medicine, mastitis ResumoObjetivou-se neste trabalho comparar o manejo orgânico e convencional de um sistema de produção de caprinos leiteiros em Angicos, Rio Grande do Norte, Nordeste do Brasil. Foram utilizadas 26 cabras da Raça Parda Alpina em lactação, sendo 13 em manejo orgânico (MO) e 13 em manejo convencional (MC). O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado, com dois tratamentos e 13 repetições. Os animais do MO foram submetidos à sincronização de estro com efeito macho, tratamento à base de fitoterápicos contra endoparasitoses (Extrato de limão (Citrus Limonium) e alho (Allium sativum), e no controle de mastite usando o Kit Embrapa de ordenha manual à base de alecrim pimenta (Lippia sidoides). No MC os animais receberam hormônios sintéticos (Promone-e®, Prólise® e Novormon®) para a sincronização do estro, Ivermectina para endoparasitoses e álcool iodado para prevenção de mastite auxiliado pelo Kit Embrapa de ordenha manual. N...

Variáveis Fisiológicas, Produção E Qualidade Do Leite De Cabras Parda Alpina No Período Seco Do Semiárido

“…A maior produção diária deste grupo pode ser atribuída à presença de 75% de genes associados à maior capacidade leiteira em sua composição genética, aliada a manutenção da rusticidade e adaptação às condições do ambiente herdados dos animais nativos. A baixa produção diária de leite nos três grupos pode ser explicada por diversos fatores, dentre eles as condições ambientais em que os animais foram submetidos, encontrando-se em estresse térmico nos horários mais quentes do dia, o manejo adotado na propriedade, onde realizava-se apenas uma ordenha, colaborando para a diminuição da produção diária de leite, assim como pelo aspecto nutricional, tendo em vista que era fornecida pequena quantidade de concentrado (500 g dia -1 ), caracterizando uma ração de mantença, fato rotineiro nas pequenas e médias propriedades rurais, que adotam nível intermediário de tecnologia, resultando em produções leiteira abaixo de um L dia -1 (SILVA et al, 2015).…”

“…Os valores encontrados na pesquisa para proteína do leite corroboram com os encontrados por Salvador et al (2016), trabalhando com cabras Alpinas e Canárias na Venezuela, porém diferem dos encontrados por Silva et al (2015) no nordeste brasileiro; Câmara et al (2015) em Teresina no Piauí e Pinheiro et al (2014) no período seco em Mossoró -RN que em suas pesquisas, citam valores médio para a proteína do leite variando entre 2,5 e 3,0 %, mesmo estando dentro do estabelecido pela legislação são inferiores aos encontrados neste estudo. Os baixos percentuais foram atribuídos às altas temperaturas ambientais em que os animais se encontravam, que podem reduzir esta percentagem nas estações mais quentes, tendo em vista que a proteína do leite pode sofrer influência da raça, estágio de lactação, época do ano e da sanidade do animal (DUTRA et al, 2014).…”

“…A região semiárida brasileira tem como uma das suas características duas estações climáticas, o período de estiagem, onde são registradas elevadas temperaturas e baixa umidade relativa do ar, e a estação chuvosa, caracterizada por temperaturas mais amenas, com umidade relativa do ar mais elevada. Nesta região se destaca a caprinocultura como importante atividade socioeconômica para produção de carne e leite, sendo esta cadeia produtiva uma das bases de sustentação para pequenos produtores (SILVA et al, 2015).…”

“…A produção de caprinos nesta região explica-se pela capacidade adaptativa da espécie, adaptabilidade condicionada a ajustes comportamentais e fisiológicos às condições ambientais da região, que podem afetar o desempenho produtivo e reprodutivo dos animais (SOUZA et al, 2015), sendo que a maioria dos produtores de leite da região utilizam o sistema extensivo, com baixo nível tecnológico na produção, o que pode resultar em baixa produção leiteira (SILVA et al, 2015).…”

“…Caprinos com genótipos especializados para produção leiteira utilizados no semiárido nordestino, geralmente são animais originários de clima temperado, como as raças alpinas e seus mestiços (SILVA et al, 2015), caracterizados por serem animais dóceis e adaptados ao clima tropical, conseguindo expressar sua capacidade produtiva, porém quando inseridos em situação de estresse térmico, como ocorre no período de estiagem no semiárido nordestino, recorrem a ajustes fisiológicos de termorregulação, como elevações nas frequências respiratória e cardíaca, assim como temperaturas retal e superficial, além de alterações no comportamento ingestivo, uma vez que diminuem o consumo de nutrientes e elevam a ingestão de água o que pode acarretar em menor produção e qualidade do leite (PAIVA et al, 2017;CARNEIRO et al, 2016).…”