Este trabalho investigou as baixarias do violão sete cordas no choro para propor o seu uso e interpretação ao contrabaixo. Foi realizada uma análise histórica das baixarias do choro desde o início do século XX, até meados da década de 1960. O estudo deste conteúdo histórico indicou um possível caminho percorrido por estas linhas de baixo, assim como os diferentes instrumentos responsáveis pela execução das mesmas. Os ambientes e situações sociais definiram o trânsito de músicos e de repertórios em diversas formações musicais utilizadas ao longo do período, ajudando a definir, inclusive, o surgimento de novos gêneros e estilos. A partir das análises de algumas transcrições, sobretudo de linhas de Dino Sete Cordas, encontramos estruturas de organização dessas baixarias, o que permitiu a identificação de padrões. Com esses padrões delimitados, que nomeamos de Elementos Técnicos, buscamos trabalhar as possibilidades de adaptação dos mesmos para linha a ser executada aos contrabaixos. Por fim, propusemos como parte da metodologia de adaptação das linhas aos contrabaixos o conceito de transcriação, utilizado em traduções de textos poéticos. Como parte das conclusões finais foram apresentados cinco exemplos autorais de transcriação, sendo possível afirmar que o uso das baixarias nos contrabaixos é um caminho musicalmente promissor. Entendemos que esse estudo, para além do uso artístico e do aprimoramento da performance, poderá estimular a pesquisa sobre as diversas possibilidades de uso das características idiomáticas do choro para o ensino dos contrabaixos no Brasil. Palavras-chave: Música brasileira; Choro; Violão de sete cordas; Contrabaixo no choro