2019
DOI: 10.9771/ell.v0i61.28109
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Onde Se Encontra a Morfologia No Signo Linguístico? | Where Is Morphology in Linguistic Sign?

Abstract: <p>Este trabalho discute os limites teóricos do estudo da morfologia face aos lados tradicionalmente atribuídos ao signo: significante, significado e referência. O foco principal da discussão é a necessidade de concentração das preocupações da morfologia no significado e não no significante. Dizer que a morfologia enfatiza o significado não torna, contudo, esse estudo equivalente à semântica. Da mesma forma, separar claramente fonologia, morfologia e sintaxe tampouco significa negar a existência de model… Show more

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“…De fato, parece ser claro para os falantes da língua portuguesa que algumas terminações como -a e -o remetam respectivamente ao gênero feminino e masculino. Viaro (2018) defende a existência de índices de gênero nas terminações dos substantivos: mesmo quando não simbolizem nada, a observação comprova a presença de uma indexicalidade sígnica nessas terminações. Para o autor, o significado dos índices "é de outra ordem, pois provém da aquisição e passam sem interpretação nenhuma pela referência alojando-se no significado, onde juntamente com um significante, forma uma unidade que compõe um paradigma" (VIARO, 2018, p.20).…”
Section: Flexão Nominal E Sua Relação Com O Significadounclassified
“…De fato, parece ser claro para os falantes da língua portuguesa que algumas terminações como -a e -o remetam respectivamente ao gênero feminino e masculino. Viaro (2018) defende a existência de índices de gênero nas terminações dos substantivos: mesmo quando não simbolizem nada, a observação comprova a presença de uma indexicalidade sígnica nessas terminações. Para o autor, o significado dos índices "é de outra ordem, pois provém da aquisição e passam sem interpretação nenhuma pela referência alojando-se no significado, onde juntamente com um significante, forma uma unidade que compõe um paradigma" (VIARO, 2018, p.20).…”
Section: Flexão Nominal E Sua Relação Com O Significadounclassified
“…Supondo que diferenciemos seres como cavalos, mulas, burros, jumentos e zebras, sabe-se, por exemplo, por amostragens como essa, que a língua portuguesa é sensível, por exemplo, ao sexo do animal e assim distinguem-se cavalos de éguas. Esses radicais supletivos dizem muito à Lexicologia, mas pouco à Morfologia: para os estudos morfológicos é mais interessante o questionamento teórico da terminação -o e -a, conhecidas como "vogais temáticas nominais", as quais são verdadeiros índices do gênero morfológico e, portanto, um tipo de signo, embora não sejam símbolos, como o são quase todos os chamados "signos" privilegiados pelos estudos estruturalistas (VIARO, 2018). No caso de "potro", nota-se o mesmo -o, alçado à situação de símbolo (e, portanto, um morfema, segundo o método comutativo potro: potra).…”
Section: A Gênese Histórica Do Elemento Morfológico Do Signounclassified
“…Na terminologia de Tesnière (1953), haveria uma translação de uma classe morfológica para outra. Como o signo "cavalo" compõe-se de elementos semânticos e elementos morfológicos (como o gênero morfológico), é válido imaginar que tudo isso ocorre no significado (VIARO, 2018). Corrobora essa perspectiva o fato de nem sempre termos elementos morfológicos explícitos por morfemas segmentáveis (símbolos ou ícones), como ocorre quando incluímos uma palavra como "pônei" no paradigma de "substantivos masculino".…”
Section: A Gênese Histórica Do Elemento Morfológico Do Signounclassified