“…Supondo que diferenciemos seres como cavalos, mulas, burros, jumentos e zebras, sabe-se, por exemplo, por amostragens como essa, que a língua portuguesa é sensível, por exemplo, ao sexo do animal e assim distinguem-se cavalos de éguas. Esses radicais supletivos dizem muito à Lexicologia, mas pouco à Morfologia: para os estudos morfológicos é mais interessante o questionamento teórico da terminação -o e -a, conhecidas como "vogais temáticas nominais", as quais são verdadeiros índices do gênero morfológico e, portanto, um tipo de signo, embora não sejam símbolos, como o são quase todos os chamados "signos" privilegiados pelos estudos estruturalistas (VIARO, 2018). No caso de "potro", nota-se o mesmo -o, alçado à situação de símbolo (e, portanto, um morfema, segundo o método comutativo potro: potra).…”