Obstinação terapêutica: quando a intervenção médica fere a dignidade humana

Abstract

Resumo Em razão das possibilidades oferecidas pela tecnociência, a obstinação terapêutica se tornou frequente. Buscando evitar tal prática, profissionais de saúde vivenciam dilemas éticos de manutenção ou suspensão de tratamentos considerados inúteis. O estudo descreve a percepção do profissional de saúde diante da distanásia e reflete sobre aspectos bioéticos envolvidos em questões inerentes ao ser humano. Trata-se de revisão integrativa da literatura realizada a partir de trabalhos publicados nas bases de dados científicos SciELO e BVSalud, no período de 2010 a 2020. Cuidados paliativos e princípios bioéticos são os principais aliados para a recuperação da dignidade do paciente, sendo necessária legislação específica para respaldo do profissional e do paciente. A distanásia consiste em prolongar a vida de enfermos considerados incuráveis, o que, além de não estar de acordo com o princípio da beneficência, resulta em maleficência, devido à exposição à grande incidência de dor e desconforto.

Ways and means to comfort people at the end of life: how is the nurse a privileged player in this process?

“…However, nurses have proven themselves to be very helpful to these patients and their family members. 21…”

“…However, nurses have proven themselves to be very helpful to these patients and their family members. 21 The tendency toward the humanization of the relationship between the nurse and the patient is getting more and more consistent since it is absolutely essential to assure comfort for the patient. The nurse has communication skills as the foundation of collaborative care centered on the person and family, and not on the doctor or the disease, as in the past.…”

Relato de experiência através de vivências profissionais e a inserção da espiritualidade nos cuidados paliativos

“…O grande estranhamento de vários profissionais de saúde para cuidar do processo de morte e morrer acontece devido à inexistência do assunto ser abordado de forma crítica-reflexiva durante a formação acadêmica, o que gera distanciamento ao encarar a possibilidade de seu paciente morrer. Assim, a morte ainda é um tabu para eles, apesar de ser um cenário experienciado diariamente em suas práticas (Silva et al, 2021).…”

114 dias de UTI, 4 dias de Cuidados Paliativos: urge conversarmos sobre cuidado, vida e morte

“…A presença da família era essencial tanto para a usuária/paciente em relação ao afeto quanto para equipe para traçar as condutas. A ausência e o distanciamento causavam desconforto na equipe, em saber que as medidas de conforto e qualidade estavam sendo proteladas, e ainda que a paciente não estava vivendo com qualidade e sim sobrevivendo a custas de tratamentos e intervenções fúteis que em nada modificaria em sua vida, o que a fez vivenciar obstinação terapêutica 15 . Por vezes, os tratamentos mantem a função de algum órgão ou atividade fisiológica, porém, não conseguem manter a saúde como um todo, e nem tampouco a qualidade de vida, sendo considerado invasões e procedimentos desnecessários como abordagem 7 .…”

“…Os cuidados paliativos são um conjunto de cuidados prestados a doentes com doenças crônicas, graves e/ou avançadas, com o objetivo de melhorar a sua qualidade de vida. É uma área da saúde, importante e necessária, para prestar assistência integral e adequada a quem dela necessita 15 . O atendimento multiprofissional está diretamente ligado à necessidade de garantir que o usuário/paciente não sinta dor ou sofrimento desnecessário, e que possa desfrutar de sua vida com a maior qualidade possível até o fim, sendo cada profissional habilitado para atuar em cada aspecto biopsicossocial 2,8,15,16 .…”