Abstract:A presente pesquisa de campo refere-se ao uso indiscriminado de psicoestimulantes, com ênfase no cloridrato de metilfenidato. Este medicamento é indicado para o tratamento do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e da narcolepsia. O cloridrato de metilfenidato é um fármaco que age no sistema nervoso central, inibindo a recaptação de dopamina e noradrenalina dos terminais sinápticos. Ele vem sendo usado, sem a orientação medica, de forma a potencializar as funções cognitivas de indivíduos que… Show more
“…No mesmo estudo, os autores mostraram que 9% obtiveram orientações para o uso em endereços eletrônicos na internet, sendo que o mesmo índice foi observado entre aqueles cuja fonte de informação foi diretamente com farmacêuticos. Finalmente, os 48% restantes dos usuários buscaram informações com amigos (AFFONSO et al, 2016). Outro estudo realizado entre estudantes de Medicina da Universidade Federal da Bahia, mostrou que 8,6% dos entrevistados (de um total de 185 alunos) afirmaram que já haviam utilizado o metilfenidato em algum momento da vida escolar, tendo como objetivo a melhora no rendimento acadêmico (CRUZ et al, 2011).…”
Section: Resultsunclassified
“…Como exemplo, um estudo desenvolvido com 315 estudantes do Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná/RO (CEULJI/ULBRA) mostrou que 61,54% dos estudantes já manifestaram reações adversas relacionadas ao fármaco, o que inclui insônia (34,1%), dor de cabeça (23,1%), náusea (4,4%), perda de apetite (5,5%), palpitação (17,6%), boca seca (13,2%), entre outros (WILLE, 2018). No estudo já citado e efetuado com alunos dos cursos de Biomedicina, Enfermagem, Farmácia e Nutrição da Faculdade Anhanguera de Brasília, com um total 400 alunos participantes, constatou-se que os efeitos adversos mais frequentes sentidos em função do uso do medicamento, foram dor de cabeça (22%), taquicardia (22%), insônia (22%) e boca seca (16%), entre outros que incluem enjoo e dores no corpo (AFFONSO et al, 2016).…”
O cloridrato de metilfenidato conhecido popularmente como Ritalina®, é um estimulante do sistema nervoso central (SNC) e uma das finalidades do deste medicamento é para o tratamento de Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e narcolepsia, mas atualmente o seu uso se estende ao consumo indiscriminado deste medicamento por pessoas que procuram melhorar o desempenho em concursos e situações afins. Sendo assim, deste trabalho consistem em averiguar os riscos e a extensão do uso indiscriminado do metilfenidato por estudantes universitários que não possuem um diagnóstico de TDAH, mas que se automedicam buscando um rendimento cognitivo nos estudos, bem como diagnosticar quais são as principais motivações de tal prática. Foi realizada uma revisão bibliográfica dos artigos cientificos do tipo narrativa, sendo que coleta dos dados ocorreu nas bases de dados bibliográficos PubMed, SciELO e Google Acadêmico. No processo para inclusão, foram considerados os artigos científicos em suporte eletrônico ou impressos, com o texto completo em Português ou Inglês, bem como informações disponibilizadas em endereços eletrônicos de agências e órgãos oficiais. Os resultados das pesquisas descritas neste trabalho demonstram que o consumo entre estudantes de universidades brasileiras está compatível com estudos internacionais similares, que indicam que o uso está dentro de uma faixa de 1,5% a 31% dos envolvidos nas pesquisas. Como exemplo, em um estudo realizado na Faculdade Anhanguera de Brasília com 400 alunos, 5,8% afirmaram que já haviam feito uso do metilfenidato em algum momento, enquanto outro estudo com estudantes de Medicina da Universidade Federal da Bahia, mostrou que 8,6% dos entrevistados afirmaram que já haviam utilizado o metilfenidato em algum momento da vida escolar. Sendo assim, considerando que a utilização indiscriminada de metilfenidato, bem como outros psicoestimulantes, pode ocasionar efeitos colaterais imediatos ou a longo prazo, torna-se necessário que haja um maior controle da sua prescrição e dispensação, bem como uma atenção especial por parte das autoridades responsáveis para uma maior conscientização dos alunos a respeito dos riscos inerentes ao seu uso indiscriminado.
“…No mesmo estudo, os autores mostraram que 9% obtiveram orientações para o uso em endereços eletrônicos na internet, sendo que o mesmo índice foi observado entre aqueles cuja fonte de informação foi diretamente com farmacêuticos. Finalmente, os 48% restantes dos usuários buscaram informações com amigos (AFFONSO et al, 2016). Outro estudo realizado entre estudantes de Medicina da Universidade Federal da Bahia, mostrou que 8,6% dos entrevistados (de um total de 185 alunos) afirmaram que já haviam utilizado o metilfenidato em algum momento da vida escolar, tendo como objetivo a melhora no rendimento acadêmico (CRUZ et al, 2011).…”
Section: Resultsunclassified
“…Como exemplo, um estudo desenvolvido com 315 estudantes do Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná/RO (CEULJI/ULBRA) mostrou que 61,54% dos estudantes já manifestaram reações adversas relacionadas ao fármaco, o que inclui insônia (34,1%), dor de cabeça (23,1%), náusea (4,4%), perda de apetite (5,5%), palpitação (17,6%), boca seca (13,2%), entre outros (WILLE, 2018). No estudo já citado e efetuado com alunos dos cursos de Biomedicina, Enfermagem, Farmácia e Nutrição da Faculdade Anhanguera de Brasília, com um total 400 alunos participantes, constatou-se que os efeitos adversos mais frequentes sentidos em função do uso do medicamento, foram dor de cabeça (22%), taquicardia (22%), insônia (22%) e boca seca (16%), entre outros que incluem enjoo e dores no corpo (AFFONSO et al, 2016).…”
O cloridrato de metilfenidato conhecido popularmente como Ritalina®, é um estimulante do sistema nervoso central (SNC) e uma das finalidades do deste medicamento é para o tratamento de Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e narcolepsia, mas atualmente o seu uso se estende ao consumo indiscriminado deste medicamento por pessoas que procuram melhorar o desempenho em concursos e situações afins. Sendo assim, deste trabalho consistem em averiguar os riscos e a extensão do uso indiscriminado do metilfenidato por estudantes universitários que não possuem um diagnóstico de TDAH, mas que se automedicam buscando um rendimento cognitivo nos estudos, bem como diagnosticar quais são as principais motivações de tal prática. Foi realizada uma revisão bibliográfica dos artigos cientificos do tipo narrativa, sendo que coleta dos dados ocorreu nas bases de dados bibliográficos PubMed, SciELO e Google Acadêmico. No processo para inclusão, foram considerados os artigos científicos em suporte eletrônico ou impressos, com o texto completo em Português ou Inglês, bem como informações disponibilizadas em endereços eletrônicos de agências e órgãos oficiais. Os resultados das pesquisas descritas neste trabalho demonstram que o consumo entre estudantes de universidades brasileiras está compatível com estudos internacionais similares, que indicam que o uso está dentro de uma faixa de 1,5% a 31% dos envolvidos nas pesquisas. Como exemplo, em um estudo realizado na Faculdade Anhanguera de Brasília com 400 alunos, 5,8% afirmaram que já haviam feito uso do metilfenidato em algum momento, enquanto outro estudo com estudantes de Medicina da Universidade Federal da Bahia, mostrou que 8,6% dos entrevistados afirmaram que já haviam utilizado o metilfenidato em algum momento da vida escolar. Sendo assim, considerando que a utilização indiscriminada de metilfenidato, bem como outros psicoestimulantes, pode ocasionar efeitos colaterais imediatos ou a longo prazo, torna-se necessário que haja um maior controle da sua prescrição e dispensação, bem como uma atenção especial por parte das autoridades responsáveis para uma maior conscientização dos alunos a respeito dos riscos inerentes ao seu uso indiscriminado.
“…Com essa análise, pode-se traçar um perfil dos usuários em Mogi das Cruzes, o que facilita o monitoramento dos grupos com maior tendência de uso da medicação para precavê-los das consequências do uso não prescrito. 20,21 . Com isso, é possível pensar que o principal motivo para os estudantes fazerem uso indiscriminado de metilfenidato e outras substâncias estimulantes, como cafeína e taurina, presentes em bebidas energéticas, é a busca pela melhora no desempenho acadêmico.…”
Section: Diferenças Do Uso Do Estimulante Nos 3 Anos Básicos Do Cursounclassified
“…De um modo mais intenso, no estudo em Brasília, 87% (n = 20) dos participantes também tiveram efeitos colaterais, o que reforça a ideia de que qualquer pessoa que faça uso do medicamento está sujeita a apresentar sintomas 20 .…”
ResumoIntrodução: Há um uso indiscriminado de metilfenidato por vestibulandos e universitários de medicina com a finalidade de melhorar o desempenho acadêmico.Objetivo: Avaliar prevalência de estudantes que utilizam a medicação e efeitos colaterais do uso irregular em indivíduos não acometidos de transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH).Métodos: Este foi um estudo transversal com aplicação de questionários no curso pré-vestibular Intertexto Poliedro e nos três primeiros anos do curso de medicina da Universidade de Mogi das Cruzes.Resultados: Foram avaliados 48 vestibulandos e 154 universitários, sendo 25 do primeiro ano, 59 do segundo ano, 51 do terceiro ano e 19 que não especificaram. A média de idade geral foi de 20,7 anos, e a prevalência do uso do medicamento na amostra foi de 13,3%, porém houve relato de uso de outros estimulantes, como cafeína, sibutramina e ecstasy. A maioria dos estudantes que já utilizaram metilfenidato não possuíam TDAH (63%), mas o utilizaram para melhorar o desempenho acadêmico. Foram relatados também efeitos colaterais e aumento de dose com uso contínuo.Conclusão: Foi observado um consumo de metilfenidato sem prescrição médica expressivo entre os vestibulandos e universitários avaliados, resultado que se assemelha à literatura.Palavras-chave: Metilfenidato, estudantes, uso não prescrito.
Abstract Introduction:There is an indiscriminate use of methylphenidate by medical school admission candidates and undergraduates with the aim of improving academic performance.Objectives: To assess the prevalence of students using methylphenidate and side effects associated with the irregular use of this drug in subjects not affected by attention deficit hyperactivity disorder (ADHD).Method: This was a cross-sectional study in which questionnaires were administered to students attending a university admission preparatory course (Intertexto Poliedro) and to undergraduate students attending the first three years of medical school at Universidade de Mogi das Cruzes.Results: A total of 48 medical school admission candidates and 154 medical undergraduates were assessed (25 in the first year, 59 in the second year, and 51 in the third year; 19 did not specify the year). The overall mean age was 20.7 years, and the prevalence of methylphenidate use in the sample was 13.3%, even though the use of other stimulants was also reported, e.g., caffeine, sibutramine, and ecstasy. Most of the students who had used methylphenidate did not have ADHD (63%), but used the drug to improve their academic performance. Side effects and increased dosage with continued use were also reported.Conclusion: There was an expressive consumption of non-prescribed methylphenidate among the university
“…Palabras clave: Metilfenidato, Estudiantes, Medicina. 1 Universidade Tiradentes (UNIT), Aracaju -SE. *E-mail: jwalmirmenezes@gmail.com A expressão "melhoramento cognitivo" se refere a uma alternativa ou conjunto de alternativas que os indivíduos buscam com a finalidade de desenvolver ainda mais a cognição.…”
Objetivo: Buscar discutir, através de pesquisa bibliográfica, as principais causas, fatores de risco, comorbidades associadas, epidemiologia e consequências do uso de metilfenidato nos graduandos de medicina nas universidades brasileiras. Métodos: Vinte artigos das bases de dados Scielo, MEDLINE e Lilacs, em que todos foram revisados na íntegra para compor os dados dessa pesquisa. Resultados: O metilfenidato é conhecido pela sua associação ao tratamento farmacológico do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), sendo também utilizado em casos restritos de narcolepsia e obesidade. Devido a sua propriedade de estimulante do sistema nervoso central, esse fármaco tem sido utilizado como alternativa para o melhor desempenho acadêmico frente ao estresse e à alta cobrança advindo das universidades. Considerações finais: Sendo assim, conhecer melhor sobre o uso de metilfenidato neste grupo populacional fornecerá às instituições de ensino informações relevantes sobre epidemiologia, principais causas e fatores de risco, podendo repercutir na ampliação de estratégias que visem à prevenção e suporte dos devidos alunos.
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