2008
DOI: 10.1590/s0100-69912008000600013
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O uso da prótese na correção das hérnias da parede abdominal é um avanço, mas o seu uso indiscriminado, um abuso

Abstract: A hérnia da parede abdominal é uma entidade clínica de elevada prevalência, tanto na população adulta como infantil 1 , estimada entre 3% a 8%, sendo cinco a seis vezes mais comum no sexo masculino. Cerca de 75% de todas as hérnias ocorrem na região inguinal. As hérnias incisionais e ventrais representam aproximadamente 10% de todas as hér-nias e as femorais, apenas 3%. As hérnias incomuns são responsáveis por 5% a 10% dos casos restantes.A hérnia e seu reparo cirúrgico são um capítulo extensamente estudado e … Show more

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“…É possível afirmar que esses são casos raros, mas que o ponto em comum de todas estas complicações, a agenesia de parede abdominal, pode ser solucionado da mesma maneira que uma hérnia em musculatura normal, entretanto, por abranger uma área maior, o material sintético usado para cobrir a falha deverá também obedecer a esta escala (MINOSSI et al, 2008).…”
Section: Resultsunclassified
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“…É possível afirmar que esses são casos raros, mas que o ponto em comum de todas estas complicações, a agenesia de parede abdominal, pode ser solucionado da mesma maneira que uma hérnia em musculatura normal, entretanto, por abranger uma área maior, o material sintético usado para cobrir a falha deverá também obedecer a esta escala (MINOSSI et al, 2008).…”
Section: Resultsunclassified
“…Considerando-se estas falhas que podem resultar na ausência total ou parcial da musculatura do abdômen e por consequência o fechamento inadequado desta parede, a agenesia da parede abdominal pode levar o indivíduo a apresentar uma herniação, já que esta falha na musculatura o condiciona a uma situação onde pode haver protrusão dos órgãos (MINOSSI et al, 2008).…”
Section: Introductionunclassified
“…; 4) Evitar fixar pontos, clipes ou a tela na confluência do ligamento inguinal com o arco púbico (periósteo do púbis) ,tanto na hernioplastia convencional, como na laparoscópica evitando assim o aparecimento da dor somática;5) Não indicar inguinotomia exploradora pois os pacientes que têm dor inguinal e ao exame clínico não se percebe a presença de uma hérnia, deve-se procurar a causa da dor e não indicar a abordagem cirúrgica exploradora. Esses pacientes de um modo geral têm mais queixas após a internação, que antes dela; 6) Usar criteriosamente as próteses, embora o seu uso nas correções de hérnias da parede abdominal se constitua em um avanço, o seu uso indiscriminado é um abuso 32 , pois além de possivelmente determinar maior número de lesões nervosas, é responsável por grande número de outras complicações.Não existe lógi-ca para a utilização de prótese nas hérnias indiretas pequenas, onde o simples tratamento do saco associado ou não a um reforço pela técnica de Marcy ou Bassini, a taxa de recidiva não ultrapassa 2% 32 . Da mesma maneira não existe justificativa razoável para o uso de material sintético de rotina nas mulheres, que além de apresentarem fascia transversal resistente, a maioria das hérnias são indiretas; 7) Neurectomia preventina durante hernioplastia à Lichtenstein, mostra a preocupante a situação de dor crônica pós hernioplastia tanto que já existem autores recomendando a neurectomia de rotina durante a hernioplastia inguinal à Lichtenstein, pois estão convencidos de que mesmo com o domínio da técnica e conhecimentos da anatomia da região, a incidência de neuropatia é preocupante 32,33 ; 8) Conduta ao observar lesão parcial de nervos: se durante a intervenção, o cirurgião observar que lesou parcialmente um dos três nervos da região inguinal, é prudente seccioná-lo e ligá-lo o mais alto possível, pois esta conduta pode evitar a neuralgia crônica; 9) Dominar conhecimento da anatomia regional, como único recurso para bem tratar as estruturas teciduais e preserva-las de traumas nas dissecções; 10) Não se completa o saber anatômico com colocação simples de próteses, sem antes ter a certeza sobre todos os elementos envolvidos.…”
Section: Prevenção Prevenção Prevenção Prevenção Prevençãounclassified
“…Da mesma maneira não existe justificativa razoável para o uso de material sintético de rotina nas mulheres, que além de apresentarem fascia transversal resistente, a maioria das hérnias são indiretas; 7) Neurectomia preventina durante hernioplastia à Lichtenstein, mostra a preocupante a situação de dor crônica pós hernioplastia tanto que já existem autores recomendando a neurectomia de rotina durante a hernioplastia inguinal à Lichtenstein, pois estão convencidos de que mesmo com o domínio da técnica e conhecimentos da anatomia da região, a incidência de neuropatia é preocupante 32,33 ; 8) Conduta ao observar lesão parcial de nervos: se durante a intervenção, o cirurgião observar que lesou parcialmente um dos três nervos da região inguinal, é prudente seccioná-lo e ligá-lo o mais alto possível, pois esta conduta pode evitar a neuralgia crônica; 9) Dominar conhecimento da anatomia regional, como único recurso para bem tratar as estruturas teciduais e preserva-las de traumas nas dissecções; 10) Não se completa o saber anatômico com colocação simples de próteses, sem antes ter a certeza sobre todos os elementos envolvidos. Um bom cirurgião, antes de tudo, deve conhecer anatomia e dominar planos de clivagem.…”
unclassified
“…Todavia o índice de complicações com a utilização dessas próteses chega a níveis preocupantes, principalmente a extrusão (2%), inguinodinia (10%), dentre outras. Entendemos que o uso sistemático das telas se constitui em um abuso 7 , embora tenha amplas indicações. Certamente o uso racional das próteses, baseando-se nos defeitos anátomo-funcionais da região inguinal seria uma conduta mais prudente 8 .…”
Section: Introdução Introdução Introdução Introdução Introduçãounclassified