“…A tal respeito, frequentemente, em ocasiões distintas e proferidas por pessoas diferentes, ouvimos pequenos reparos, inquietações tímidas, acerca de um eventual racismo nas entrelinhas das lutas antirracistas. "Argumentos que colocavam as ações afirmativas no Ensino Superior como o germe da segregação, como forma de alunos preguiçosos ingressarem na universidade, como falta de merecimento ou mesmo como uma forma de ampliação do racismo" (Pereira 2017:44) Como nos adverte Kisukidi (2020), nossos interlocutores faziam tais admoestações em nome do universalismo, esta orientação fundamental da universidade e da produção da ciência sem fronteiras. No entanto, nossos colegas mostravam-se incrédulos diante de mudanças que não fossem, nas suas palavras, "estruturais".…”