“…Arce (2001) também reafirma que a formação de professores exige uma bagagem filosófica, histórica, social e política, além de uma sólida formação didático-metodológica, visando formar um profissional capaz de teorizar sobre as relações entre educação e sociedade e que, a partir dessa análise teórica, possa propor mudanças significativas na educação. A violência, a drogadição, a crise de autoridade dos professores e os baixos salários, que levam à intensificação do trabalho docente e, até, a problemas de saúde, são exemplos de fenômenos atuais trazidos por Cunha (2013), para mostrar que a formação e o exercício docente exigem uma relação intrínseca com o contexto social, seus valores e tensões. Problematizações do contexto social não têm lugar em propostas curriculares como a que descrevemos, o que indica, claramente, a necessidade de criação de espaço para discussões sobre estes e outros aspectos atuais da educação brasileira, incluindo as políticas curriculares, as finalidades do Ensino Médio e o significado do ensino de ciências na sociedade, procurando desvendar a quem servem e explicitar as contradições.…”