O silencio na asfixia perinatal grave em recém-nascidos a termo: discurso de mães e de profissionais da saúde

Abstract

RESUMOA asfixia perinatal é um sério problema de saúde pública, pois afeta um número elevado de bebês, que morrem ou sobrevivem com sequelas. O objetivo do estudo foi compreender o significado do silêncio dos profissionais de saúde e das mães sobre asfixia neonatal em bebês que nascem a termo. A pesquisa, de caráter descritivo com enfoque qualitativo, foi realizada de julho a setembro de 2007, com 41 profissionais de um hospital pediátrico e 20 mães de crianças que sofreram esse tipo de asfixia. Foram utilizados a entrevista e o grupo focal e apreenderam-se os principais motivos do silêncio desses sujeitos, como medo, transferência de culpa, impotência, negligência e descrédito. Os resultados mostram ainda as dificuldades dos profissionais e os diversos acontecimentos que comprometem a assistência perinatal e impossibilitam o nascimento saudável, do que resulta a necessidade de somar esforços e lançar mão de mecanismos legais para reduzir a asfixia perinatal e produzir um cuidado que tenha como foco a família e a redução de seu sofrimento.Palavras-chave: Recém-Nascido. Asfixia Neonatal. Discursos. Profissional de Saúde. Mães. INTRODUÇÃOA morte de bebês enseja incompreensão, constrangimento e dor, porque o esperado é morrerem os pais antes dos filhos, particularmente no caso de crianças. Quando essa morte poderia ser evitada, acirram-se a revolta e a impotência não só dos membros familiares, mas também de alguns profissionais que cuidam e refletem sobre as causas e consequências dessa ocorrência. É assim que se sentem as equipes de trabalho do Centro de Terapia Intensiva -Neonatal (CTI-NEO) de um hospital infantil terciário, do Sistema Único de Saúde (SUS), localizado em Fortaleza -CE, diante da elevada incidência de asfixia grave em recém-nascidos a termo (RNT) com peso adequado.Como confirmado nos estudos de mortalidade perinatal, se a criança não tem outros agravantes, o peso adequado ao nascimento em uma gestação a termo reduz a probabilidade de morrer (1) . As causas de morte evitáveis ou reduzíveis são definidas como aquelas preveníveis, total ou parcialmente, por ações efetivas dos serviços de saúde que estejam acessíveis em um determinado local e época. A hipóxia intrauterina e a asfixia ao nascer estão incluídas entre as causas de mortes evitáveis por adequada atenção à mulher na gestação e parto e ao recém-nascido (2) . Em vista destas considerações teóricas acrescidas ao cotidiano da prática surgiram vários questionamentos: por que transferir um bebê para uma unidade de cuidados intensivos com toda a tecnologia avançada se ele já nasceu em "morte aparente" e o óbito já se anuncia inevitável? Por que somos condicionados a prolongar a dor e o sofrimento desses bebês em nome da ética profissional? Se tivessem nascido em serviços particulares em vez de hospital do SUS, estariam sendo transferidos com um quadro de asfixia tão grave?Tais questionamentos motivaram um levantamento no livro de registros do mencionado hospital, em que pudemos constatar que a asfixia perinatal em RNTs é responsável por 19,10% dos...

Padovan Method Of Neurofunctional Reorganization As A Way For Neurological Recovery In Newborns

“…In addition to the neurological deficit resulting from hypoxic-ischemic encephalopathy that accompanies the child for the whole life, requiring multidisciplinary care, the absence of suction in the early days is a difficulty for hospital discharge, leading to prolonged hospital stay, increasing the risk of nosocomial infection [4,5]. According to our results, the therapy based in the Padovan techniques shortened the hospital stay and avoided gastrostomy, palliative procedure of feeding for discharge, which is not free from complications.…”

“…The diagnosis of perinatal hypoxia is based on the following criteria: low Apgar score, below 3 on the 5th minute; metabolic acidosis or acidosis mixed by gases of the umbilical cord blood with blood pH<7.0; neonatal neurological dysfunction and multiple organs dysfunction [4].…”

Experience of mothers in the care of children with type 1 diabetes

“…The The parents´ overprotection interferes in the development of the autonomy and can disguise an unconscious rejection (14)(15)(16) .…”