A impressão 3D, ou fabricação aditiva, é uma tecnologia que permite a materialização de objetos tridimensionais, proporcionando soluções inovadoras (Correia, 2019). Com características estruturalmente sustentáveis e uma abordagem prática, essa tecnologia tem sido expandida para as mais diversas áreas de produção, iniciando-se sempre a partir de um processo de design. O estudo analisa a relação entre os campos da medicina e do design de moda a partir da perspectiva da impressão 3D com o objetivo de compreender o potencial do designer na contribuição para o bem-estar dos pacientes. Com o objetivo de promover o debate e a sistematização de possibilidades e inovações futuras, utiliza-se uma metodologia de análise qualitativa discursivo-imagética. Esta pesquisa teórico-metodológica está subdivida em duas etapas sequenciais: a) a delimitação do contexto histórico-cultural no qual emerge a inserção da tecnologia 3D ligada às melhorias e aos avanços da área da saúde por meio de um levantamento bibliográfico interdisciplinar; b) as possibilidades de construção de uma perspectiva inovadora por meio de casos reais que exemplificam, em diferentes níveis, a união entre a medicina e o design, assim como a análise de criações do design que podem levar a múltiplas possibilidades a serem investigadas futuramente. O artigo ilustra e analisa o papel do designer de moda mediante a criação de acessórios simultaneamente médicos e estéticos, e também investiga possíveis mudanças provocadas pela ampliação do acesso à tecnologia de fabricação aditiva, refletindo sobre as transformações que a profissão pode experienciar.