O turismo é uma atividade complexa. Ao mesmo tempo em que pode ser um fator de desenvolvimento econômico e social para as comunidades, seus efeitos imediatos e de longo prazo podem resultar em prejuízos e danos irreversíveis não apenas às comunidades, mas também ao meio ambiente. É desejável que se possa conciliar os ganhos econômicos e financeiros do turismo com a sustentabilidade da atividade. Um tal ajuste, no entanto, é um desafio não apenas porque é difícil fixar os contornos da atividade turística, mas também porque há uma variedade de concepções de sustentabilidade. Esta pesquisa teve como objetivo examinar criticamente algumas das principais metodologias de avaliação da sustentabilidade da atividade turística aplicáveis às cidades históricas turísticas de Minas Gerais. Trata-se de uma pesquisa de natureza teórico conceitual baseada em revisão bibliográfica. Após o exame dos desafios de se caracterizar a sustentabilidade da atividade turística, são examinadas três metodologias ou marcos ordenadores principais: Delphi, Barômetro da Sustentabilidade e DPSIR (Força motriz, pressão, estado, impacto e resposta). Concluiu-se que o conceito de sustentabilidade turística ainda é disputado e, em relação às metodologias, que elas partem de métricas diferentes resultando em diferentes concepções de sustentabilidade. Tais resultados sugerem que a avaliação da sustentabilidade da atividade turística é dependente de fatores subjetivos e da qualidade das informações; apesar dessas limitações conceituais e metodológicas, os sistemas de indicadores são importantes na medida em que reúnem informações, comunicam e forçam a reflexão acerca de aspectos das ações que,normalmente, são negligenciados.