Resumo Neste artigo analisamos a atuação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) na cidade de Ouro Preto desde o seu tombamento em 1938 até meados 1975. Visto como excepcional e autêntico pelos técnicos do IPHAN, o conjunto urbano da cidade foi tratado como uma obra de arte que poderia ser mantida em sua integralidade. No entanto, o crescimento populacional levou a grandes modificações espaciais e sociais tanto no centro histórico como em sua periferia. Discutimos a adoção de critérios e de formas de gestão do patrimônio na cidade, fornecendo elementos para a compreensão de alguns dos principais desafios e transformações nas políticas de preservação cultural no Brasil no período.
A institucionalização das práticas de preservação do patrimônio cultural no Brasil foi marcada pela criação do Serviço do Patrimônio Histórico (SPHAN) em 1937. Desde então, a agência de preservação contaria com um Conselho Consultivo, formado por dez membros eleitos pelo presidente da República e pelos diretores dos museus nacionais históricos e artísticos. Estudar a composição e as práticas de construção de legitimidade e distinção desse Colegiado é uma das formas aqui encontradas para uma compreensão mais ampla dos rumos da política de preservação do patrimônio cultural no Brasil nas três primeiras décadas de atuação do SPHAN.
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