O Processo Histórico de Construção do Currículo do Curso de Oceanologia e a Presença da Educação Ambiental nos Cursos de Oceanografia do Brasil

A constituição de educadores ambientais pelo curso de oceanologia da Universidade Federal do Rio Grande – FURG

“…O segundo, de 1989, incluiu a Formação Complementar e alterou as habilitações para Recursos Naturais Renováveis e Gerenciamento Ambiental. Iniciado em 2000, o atual eliminou as habilitações, transformou a Formação Profissional em Eletiva e incluiu o EC fora da academia (Krug et al, 2019).…”

“…A inclusão da disciplina de Educação na Gestão Ambiental na matriz curricular (Krug et al, 2019) não é suficiente para formar Educadores Ambientais, uma vez que o curso, pertencendo à Grande Área de Ciências Exatas e da Terra, na classificação do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico -CNPq, continua contemplando essencialmente os elementos naturais do oceano e da zona costeira, com pouca referência aos elementos socioculturais que compõem a totalidade deste meio ambiente particular. Uma proposta de superação desta lacuna pelos cursos da modalidade já foi elaborada por Krug (2018).…”

“…Assim, o objetivo do presente trabalho foi identificar, analisar, compreender e descrever como uma parcela de egressos do curso de Oceanologia (Krug et al, 2019), que até 2011 não dispunha de formação em EA, deram início a sua constituição como Educadores Ambientais. O curso de Oceanologia da FURG foi escolhido como estudo de caso por ser o mais antigo da modalidade no Brasil, oferecido pela instituição de origem dos autores e por contar com levantamentos periódicos sobre a inserção profissional dos seus egressos, consolidados em Krug (2018).…”

A Atuação Dos Egressos Do Curso De Oceanologia Da Furg

“…Ao analisar o processo histórico de construção do currículo do curso de Oceanologia da FURG, Krug et al (2019) apontaram que até o ano de 2016 foram graduados 1.182 estudantes 3 , dos quais 493 com a primeira estrutura curricular, 297 com a segunda e os 392 restantes com aquela implantada em 2000, que permanece em vigor. Estes egressos são, portanto, os sujeitos de pesquisa do presente estudo (Figura 1).…”

“…Ainda que todas as Áreas que compõem a Grande Área Correlatas despertem curiosidade sobre as razões que levaram os egressos a assumir tal opção, e por consequência o percurso que fizeram para se constituírem em cada um desses temas, é evidente que aquela que mais chama a atenção é a atuação em Educação Ambiental. Não somente porque se apresenta, entre aquelas que compõem a Grande Área em tela, como a de maior envolvimento dos egressos (respectivamente 2,52%, 3,43% e 3,16%), mas essencialmente porque a Educação Ambiental, embora cogitada desde os anos de 1980 como possibilidade de formação, só veio a ser incorporada na matriz curricular, ainda que timidamente, a partir de 2012 (Krug, et al, 2019).…”