2020
DOI: 10.36517/rcs.2020.2.d05
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O povo indígena Anacé e o complexo industrial e portuário do Pecém, no Ceará

Abstract: O artigo pretende explorar as narrativas em torno da construção do Complexo Industrial e Portuário do Pecém, no Ceará, em contraponto às demandas dos indígenas Anacé pela demarcação do seu território, visibilizando os conflitos entre a perspectiva indígena e a perspectiva do Estado que, aliada ao capital nacional e internacional, pretende garantir a implantação de inúmeras indústrias primárias na região. Resultado de um estudo qualitativo que triangula diversos métodos (observação participante, entrevistas liv… Show more

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“…Na categoria de Reidentificação do povo Anacé, nos valemos dos pensamentos da pesquisadora indígena Anacé Souza (2021), além de autores como Brissac (2015Brissac ( , 2016, Nóbrega (2020) e Gomes (2014).…”
Section: Referencial Teóricounclassified
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“…Na categoria de Reidentificação do povo Anacé, nos valemos dos pensamentos da pesquisadora indígena Anacé Souza (2021), além de autores como Brissac (2015Brissac ( , 2016, Nóbrega (2020) e Gomes (2014).…”
Section: Referencial Teóricounclassified
“…O primeiro apresenta um breve histórico sobre o povo Anacé, desde o registro histórico da sua existência no período colonial até a sua recente luta pela reidentificação, resgate e preservação de suas memórias, terras e território contra entidades governamentais e outras partes interessadas na exploração das terras tradicionalmente ocupadas. O segundo aborda o referencial teórico utilizado para embasar nossa proposta e explana os seguintes conceitos: Memória com as pesquisas de Le Goff (2012), Halbwachs (2013) e Candau (2012); Cibercultura com os estudos de Lemos (2002), Lemos e Cunha (2003) e Segata (2015); Território e Desterritorialização nas ideias de Haesbaert (2004); Sobreculturalidade com base nas obras de Valério (2016de Valério ( , 2021de Valério ( , 2023, bem como os pensamentos de Gomes (2014), Brissac (2015Brissac ( , 2016, Nóbrega (2020) e Souza (2021) sobre o processo de territorialização contemporânea e reidentificação do povo Anacé. O terceiro ponto discorre sobre o método e metodologia aplicada no desenvolvimento da pesquisa, que parte da perspectiva qualitativa, apoiada nas autoras Ludke e André (1986), no Estudo do Conhecimento e Estado da Arte na ótica de Romanowski e Ens (2006), bem como a proposta de validação do sistema durante sua construção utilizando um grupo focal composto de lideranças e residentes da Reserva Indígena Taba dos Anacé com base no discurso de Costa (2011).…”
Section: Introductionunclassified
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“…No entanto, apenas em 2010 a Funai instituiu um grupo de trabalho (GT) para identificação e delimitação da terra indígena Anacé, nos termos da Portaria n. 1.035, alterada, em outubro de 2010, pela Portaria n. 1.566. Durante todo esse período, de 2010 a 2022, a Funai não emitiu nenhuma manifestação conclusiva sobre a identificação e delimitação da terra indígena, levando a uma cisão do grupo: uma parte foi realocada para uma área adquirida pelo Governo do Estado do Ceará, constituindo a Reserva Indígena Taba dos Anacé, outra parte permaneceu no território, reivindicando a demarcação pela Funai (Nóbrega, 2020).…”
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