2006
DOI: 10.1590/s1984-92302006000100002
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O "paradoxo" e a "galinha": o controle organizacional e as comunidades de prática

Abstract: RESUMOma comunidade de prática (CdP) pode ser entendida como qualquer grupo cujas pessoas, possuindo prática e referência epistemológica em comum, reúnem-se regularmente para refletir sobre essa prática, aprendendo coletivamente a entendê-la e, principalmente, a fazê-la melhor. Mas o que acontece com uma CdP quando ela é "descoberta", incentivada e gerida por uma organização? De que forma a cultura e o controle organizacionais tomam parte nessa relação? Os estudos organizacionais sobre CdP's têm tido, predomin… Show more

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“…Verifica-se, entretanto, crescente tendência de considerar grupos intencionalmente constituídos pela organização formal como comunidades de práti-ca, como evidenciam os trabalhos de Ipiranga, Faria e Amorim (2008) e de Tremblay (2008), publicados nesta edição da Revista O&S. Há pesquisadores que problematizam o uso da idéia de comunidades de prática como mais um possível mecanismo de dominação nas organizações, já que as mesmas, embora tendam a surgir naturalmente e desenvolver seus próprios mecanismos de gestão, ao serem reconhecidas e fomentadas, poderiam ser cooptadas, manipuladas e controladas, de modo a tornarem-se aliadas para o alcance de objetivos organizacionais, o que evidencia um paradoxo (CONTU e WILLMOTT, 2000;MOURA e ANDRADE, 2006). Contu e Willmott (2000), ao comentar o artigo de Wenger e Snyder (2000), percebem uma tensão entre a idéia de que as comunidades de prática são auto-reguladas e resistentes à intervenção, e uma ambição prescritiva de gerenciá-las, pois seriam valorosas para a organização.…”
Section: Dilemas E Caminhos Na Pesquisa Sobre Comunidades De Práticaunclassified
“…Verifica-se, entretanto, crescente tendência de considerar grupos intencionalmente constituídos pela organização formal como comunidades de práti-ca, como evidenciam os trabalhos de Ipiranga, Faria e Amorim (2008) e de Tremblay (2008), publicados nesta edição da Revista O&S. Há pesquisadores que problematizam o uso da idéia de comunidades de prática como mais um possível mecanismo de dominação nas organizações, já que as mesmas, embora tendam a surgir naturalmente e desenvolver seus próprios mecanismos de gestão, ao serem reconhecidas e fomentadas, poderiam ser cooptadas, manipuladas e controladas, de modo a tornarem-se aliadas para o alcance de objetivos organizacionais, o que evidencia um paradoxo (CONTU e WILLMOTT, 2000;MOURA e ANDRADE, 2006). Contu e Willmott (2000), ao comentar o artigo de Wenger e Snyder (2000), percebem uma tensão entre a idéia de que as comunidades de prática são auto-reguladas e resistentes à intervenção, e uma ambição prescritiva de gerenciá-las, pois seriam valorosas para a organização.…”
Section: Dilemas E Caminhos Na Pesquisa Sobre Comunidades De Práticaunclassified