A argumentação é temática emergente na área educacional e, especificamente no Ensino de Ciências, vem atraindo atenção de pesquisadores em nível nacional e internacional. Nesse contexto, o estudo relatado neste artigo objetivou mapear a produção científica brasileira, nos últimos 10 anos, a respeito da argumentação no Ensino de Ciências. Para isso, a metodologia utilizada apropriou-se de princípios do estado do conhecimento e, por meio de um recorte temático e temporal, explorou a Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações como fonte de busca. A partir do corpus de análise emerso, almejou-se reconhecer de que forma a manifestação de argumentos e o desenvolvimento da argumentação em aulas de Ciências e Biologia da Educação Básica vem sendo analisados. Os resultados encontrados nas dissertações inventariadas apontaram para um predomínio da utilização do modelo argumentativo de Toulmin (2001), com algumas adaptações. Sendo assim, notou-se um enfoque prioritário na perspectiva lógica de análise de argumentos (WENZEL, 1990). Ademais, constatou-se, nesse cenário, a ausência de teses que congreguem o tema na disciplina de Biologia, indicando a necessidade de aprofundamento das investigações a respeito em nível de doutorado.