Abstract:Estudos apontam o funcionamento da reescrita como etapa de melhoramento do texto. Todavia, experiências empíricas nos indicaram que nem sempre a reescrita funciona conforme o esperado. A partir dessas observações, realizamos pesquisa sobre atividades de reescrita com professores em formação inicial, entre os quais identificamos sujeitos que, supostamente, deveriam dominar a produção textual, mas que revelaram pouco domínio dessa atividade, necessitando, portanto, da didatização da reescrita. O objetivo da pesq… Show more
“…As duas abordagens referidas em relação à atividade de reescrita constituem estratégias adotadas para o desenvolvimento do processo criativo e podem, também, ser trazidas para o processo pedagógico, com o objetivo de desenvolver o domínio da escrita. A abordagem que toma a reescrita no interior do processo procura uma versão melhorada do texto, em resultado da revisão (LEGROS et al, 2006;FIAD;BARROS, 2013;ARAÚJO, 2014;SARTORI;MENDES, 2016). A abordagem correspondente à tomada de um texto-produto como referência parte desse texto para inovar ou para o tomar como modelo.…”
Resumo O presente estudo incide sobre a estratégia de reescrita de outro texto, enquanto instrumento promotor da aprendizagem da própria escrita. Tem como objetivo contribuir para o conhecimento das potencialidades e limitações de diferentes estratégias para estabelecer a relação entre a leitura e a escrita, por meio da reescrita. O estudo coloca em foco uma estratégia específica, integrada na pedagogia baseada em gêneros ou pedagogia de base genológica. Esta perspectiva atribui à leitura e à reescrita a partir de outros textos um papel fundamental para a aprendizagem da escrita. O presente estudo analisa a reescrita de textos narrativos por alunos do 5º e 6º anos de escolaridade, realizada no âmbito do programa de base genológica Reading to Learn (Ler para Aprender), em comparação com a reescrita dos mesmos textos por alunos que não participaram no programa. Os resultados mostram um contraste significativo entre os dois grupos. Este manifesta-se por um maior nível de especificidade nos textos reescritos pelos alunos participantes no programa. No caso dos restantes alunos, as reescritas adotam uma maior generalização, pautada pela sucessão dos eventos mais marcantes do fio narrativo. A conclusão e implicações apontam para a necessidade de não limitar a reescrita a esse fluxo narrativo, mas de instruir os alunos para possibilidades que promovam a apropriação dos recursos léxico-gramaticais.
“…As duas abordagens referidas em relação à atividade de reescrita constituem estratégias adotadas para o desenvolvimento do processo criativo e podem, também, ser trazidas para o processo pedagógico, com o objetivo de desenvolver o domínio da escrita. A abordagem que toma a reescrita no interior do processo procura uma versão melhorada do texto, em resultado da revisão (LEGROS et al, 2006;FIAD;BARROS, 2013;ARAÚJO, 2014;SARTORI;MENDES, 2016). A abordagem correspondente à tomada de um texto-produto como referência parte desse texto para inovar ou para o tomar como modelo.…”
Resumo O presente estudo incide sobre a estratégia de reescrita de outro texto, enquanto instrumento promotor da aprendizagem da própria escrita. Tem como objetivo contribuir para o conhecimento das potencialidades e limitações de diferentes estratégias para estabelecer a relação entre a leitura e a escrita, por meio da reescrita. O estudo coloca em foco uma estratégia específica, integrada na pedagogia baseada em gêneros ou pedagogia de base genológica. Esta perspectiva atribui à leitura e à reescrita a partir de outros textos um papel fundamental para a aprendizagem da escrita. O presente estudo analisa a reescrita de textos narrativos por alunos do 5º e 6º anos de escolaridade, realizada no âmbito do programa de base genológica Reading to Learn (Ler para Aprender), em comparação com a reescrita dos mesmos textos por alunos que não participaram no programa. Os resultados mostram um contraste significativo entre os dois grupos. Este manifesta-se por um maior nível de especificidade nos textos reescritos pelos alunos participantes no programa. No caso dos restantes alunos, as reescritas adotam uma maior generalização, pautada pela sucessão dos eventos mais marcantes do fio narrativo. A conclusão e implicações apontam para a necessidade de não limitar a reescrita a esse fluxo narrativo, mas de instruir os alunos para possibilidades que promovam a apropriação dos recursos léxico-gramaticais.
Resumo Ao considerar o amplo alcance e a facilidade do acesso que o universo digital possibilita na propagação de ideias e conteúdos, bem como a necessidade de examinar a credibilidade e a qualidade de conteúdos com viés educativo e/ou instrutivo que são veiculados nas práticas comunicativas desse universo, este trabalho investiga o tratamento dado à revisão e à reescrita de textos científicos em sites e blogs nacionais que abordam a escrita acadêmico-científica. Fundamentado em trabalhos situados dentro de uma perspectiva sociointeracionista da linguagem articulada ao ensino da produção textual (GERALDI, 1997; ANTUNES, 2003; GARCEZ, 2010; SUASSUNA, 2011) e em estudos que abordam a escrita de textos acadêmico-científicos (RUSSEL, 2009; NAVARRO, 2014; CARLINO, 2017), este artigo realiza uma análise de natureza interpretativa e de base qualitativa de um corpus constituído por 40 textos com conteúdo a respeito da produção de artigos científicos e monografias coletados em sites e blogs como enago, Ciência prática, Lendo.org, Monografia urgente e TCC pronto. A análise aponta que a maioria dos sites e blogs investigados contemplam, de maneira precária e restrita, aspectos implicados na prática de escrever e reescrever textos científicos, contribuindo, assim, para produzir uma imagem fragmentada do que é efetivamente a atividade de produção de textos acadêmico-científicos.
Este artigo tem como objetivo discutir a relevância ou não da reescrita de textos produzidos por alunos, para o aprimoramento de suas produções, na esfera escolar, considerando como objeto de investigação o processo de produção textual, desde sua primeira versão até sua reelaboração, por meio da análise de textos de alunos do 9º Ano do Ensino Fundamental II, a partir dos apontamentos feitos pelo professor, por meio de sua correção. Procurou-se compreender o diálogo estabelecido entre o aluno e o professor e entre o professor e o aluno, durante o processo de elaboração, correção e reelaboração do texto. Entretanto, ao comparar as produções textuais reelaboradas, percebe-se que em algumas há, de fato, a melhoria do texto, porém em outras, há um retrocesso. Os fundamentos teóricos que deram suporte para essa análise, principalmente, foram os estudos sobre reescrita de Cavalcanti (2015) e sobre correção de Ruiz (2015), entre outros. Pelas observações feitas, notou-se que a estratégia de correção escolhida pelo professor tem influência na dinâmica adotada pelo aluno em sua reescrita. Infelizmente, os dados obtidos mostraram que, em sua maioria os alunos não demonstram grande esforço e envolvimento com esse tipo de atividade.
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