“…Pensar em como as crianças, nas relações que estabelecem entre si e nas formas de ação social que constroem nos espaços-tempos constituem suas culturas infantis e são também por elas constituídas (BORBA, 2007); atores sociais não por interpretarem um papel que não criaram, mas por criarem diversos papéis e modos de ser e fazer enquanto vivem em sociedade (COHN, 2005). Segundo Colonna (2009), a infância constrói seus sentidos a partir de "olhares e interpretações de indivíduos sociais e culturalmente localizados", sendo, de tal modo, um "fenômeno plural e relacional" (COLONNA, 2009, p. 12), em que "estudar uma sociedade sem levar em conta como as categorias socioetárias que a compõem, entre as Temáticas, Campinas, 26, (51): 149-178, fev./jun. 2018 quais a das crianças, agem e pensam, é, antropologicamente, um estudo incompleto" (COLONNA, 2009, p. 19 apud NUNES, 1999.…”