Esta tese não avançava e tudo estava meio chato e sem sentido até conhecer Flávia Sanches que, aceitando meu pedido de assinar Carvalho, me deu sentido para o presente e vontade para o futuro. Flávia, você mudou para muito melhor a minha vida e a você, meu amor, rendo meus primeiros agradecimentos.Este trabalho começou a ser construído, enquanto projeto de vida, no fim da minha graduação, em 2000, com a redação da monografia. Naquele momento, quando os meios materiais não me eram nenhum pouco favoráveis, Rosangela Petuba, em um ato de amizade (inestimável e inesquecível) me emprestou seu computador para que eu o levasse para casa e pudesse, assim, concluir meu curso de economia. A ela devo, mesmo que com onze anos de atraso, também meus agradecimentos. De lá para cá, muitos foram os amigos que estiveram presentes em fases geralmente não-boas, quando gestos de apoio e incentivo foram sempre alentadores. A todos que torceram pelo fim desta importante etapa, meu muito obrigado.Ao amigo Thomaz Jensen que me ajudou a entrar em contato com João Pedro Stédile, ao João Pedro que me pôs em contato com a militância da região de Ribeirão e à Neusa Botelho, Kelli Mafort e Fábio Tomaz, pela doação de seu tempo, à minha tese e, mais importante, à luta pela reforma agrária no Brasil e, especialmente, em São Paulo. Aos técnicos do ITESP que não pouparam esforços para contribuir com minha pesquisa de campo, especialmente ao José Amarante, Antônio Carlucci Neto, Ivan Cintra Lima e Amarildo Fernandes. Às amigas Andrea Muñoz e Monaliza Martins pela ajuda com as traduções do resumo e ao amigo Pedro Campos, pelos mapas. À Maria dos Anjos, pelo abrigo, pelo apoio, pelo cuidado, pela confiança, etc. etc. etc. Aos amigos Heládio Leme, Hugo Silimbani Neto e Sebastião Ferreira da Cunha pelas conversas sempre frutíferas. À Juci, minha primeira leitora, que me fez ver que o economês exagerado torna inacessível, para muitos, as contribuições acadêmicas.Aos anjos da Unicamp, especialmente à Dora, Tereza, Fátima, Cida e Marinete, que fazem desta instituição um lugar melhor e aos colegas do Instituto Três Rios/UFRRJ, pelo apoio e incentivo presentes em muitos momentos, especialmente ao Cicero pela ajuda logística.
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RESUMOEsta tese analisa os condicionantes estruturais e os elementos conjunturais da questão agrária brasileira, do Estado de São Paulo e da Região Administrativa de Ribeirão Preto. Aborda-se, neste trabalho, um dos elementos centrais da desigualdade nacional, a saber: a elevada concentração da estrutura fundiária e seus rebatimentos socioeconômicos mais gerais. O caminho percorrido, nesta análise, parte da recuperação dos padrões históricos da desigualdade do acesso à propriedade rural até as ações mais recentes, presentes na luta pela terra na região estudada. Os pontos centrais aqui enfrentados recaem, para além da constatação da secular concentração fundiária nacional, na atualização do debate sobre a questão agrária paulista, estado mais industrializado e com a agricultura mais diversificada do país. A problemática de estudo, p...