Agradeço ao Miguel, em primeiro lugar, por ser "Orientador" de travessias, um "incansável significante" que se repete e reverbera em minha história, quando arcanjos cumprem promessas antigas de ancestrais distantes. Agradeço ao Miguel por sua maneira fina de ensinar "um método": permitir-se queimar, afinar a pele, "olhar" em "silêncio" a fim de "escutar" os atabaques que ecoam por dentro. Ao Marcelo Mendes, protagonista deste trabalho, e a todo o seu fascinante panteão pessoal, pela sabedoria com que me presentearam ao longo de minha jornada como pesquisadora e como ser humano. O meu reconhecimento ao Patrono deste Mestrado: o Exu Tiriri, com quem tive a oportunidade de aprender grande parte do que sei hoje sobre a umbanda e seu "espírito". E toda à Fraternidade de Umbanda Esotérica Caboclo Pena Branca, em especial, Nájla Mendes, por ter me acolhido e me ajudado no desenvolvimento de todo o meu trabalho. Além disso, não poderia deixar de mencionar a colaboração indispensável de cinco pessoas (filhos dessa Casa), pelas conversas profundas que inspiraram minha análise: Flávia, Bacconi, Alex, Nária e o pequeno Pablo. Ao Joaquim... por ter me tornado novamente viva no momento em que eu esquecia completamente o que era estar vivo. Por ter cuidado de mim e devolvido tudo o que eu havia perdido. Acompanhou o meu Projeto de Mestrado, desde o seu início: enquanto ele dormia, ia me acordando aos poucos e me ensinava a retomar os passos. À Daniela Godoy, que me manteve tão perto dela... longe de tudo o que é descaminho... quando o que eu mais precisava, naquele momento, era ter alguém como ela por perto de mim. À Socorro... Caçadora de penas... Vida em busca da mulher-sol-leoa, dos ventos e águas salgadas nos olhos de ventania da Cabocla Pena Ligeira. Era preciso voltar. Regressou às águas claras dos Ilhéus. Azuis. Transparentes? Comedidamente cristalinas. Sob as águas claras dos Ilhéus não se respira... um caldo de ondas salgadas na beira do mar... sem ar, sem sopro... somente cinzas... o cheiro de alfazema... Mas penas brancas não afundam... E então? O que sentes? A medida é sempre em tempo, não esqueças: Para sempre. Ao meu pai, Marinheiro de Ogum, pelo seu amor "desmedido", sem régua e compasso, um amor impresso em alicerces de edifícios concretos, tão vivos dentro de mim. À Clarinha, por ter brotado no primeiro dia da primavera, "clareando" minha vida (até mesmo "o mar serenou quando ela pisou na areia"... na beira da praia de Itaparica). À Maíra, minha companheira de dores na alma e no peito, minha melhor amiga nos momentos mais preciosos de minha infância (a quem tenho uma gratidão profunda por ter feito tudo parecer sempre mais doce e mais sereno do que realmente conseguiríamos). A Fillipe: de tudo o que eu fui deixando em minha terra, esse é, sem dúvida, um pedaço de mim mesma... e é o que de mais importante deixei na Bahia. À Bartira, filha legítima das ondas claras de Janaína, pela sua presença marcante na minha vida como "irmã duas vezes" e herdeira da minha promessa de resposta em tempo ("nunca me esqueça") e à...