O início da assistência aos alienados no Brasil ou importância e necessidade de estudar a história da psiquiatria

História da psiquiatria no Brasil: uma revisão da produção historiográfica (2004-2009)

“…Nessa perspectiva, textos originais, debates e autores representativos do processo de constituição desses saberes são retomados, analisados, contextualizados e postos em relação com a conformação de valores e questões que atravessaram as transformações ideológico-sociais da sociedade brasileira. Dentre esses fundadores do campo "psi", tomados como objeto de estudo, o mais discutido é Juliano Moreira [1873[ -1933GELMAN, 2008;PICCININI, 2005;SILVEIRA, 2008b;VENANCIO, 2004VENANCIO, , 2005FACCHINETTI, 2005 (SILVEIRA, 2008a(SILVEIRA, , 2008b(SILVEIRA, , 2009, Arthur Ramos JACÓ-VILELA, 2004;, Nise da Silveira [1905Silveira [ -1999 ALMEIDA, 2007;JABERT, 2008) e Escravidão e Psicopatia no Brasil (ODA, 2007(ODA, , 2008ODA, 2008). Na segunda categoria, "história institucional e o processo de institucionalização dos loucos", foram incluídos 21 trabalhos (30,4% da amostra).…”

A Visão Médica E Acadêmica Da Psiquiatria: Um Estudo Quantitativo Em Um Centro Universitário Particular Do Oeste Do Paraná

“…No decorrer da história da humanidade, os pacientes psiquiátricos foram chamados de loucos, doidos, mentecaptos, insanos, sandeus, desassisados, dementes ou alienados mentais e por terem comportamentos considerados socialmente incômodos ou perigosos, eram frequentemente reclusos em cadeias públicas, em cômodos particulares, ou ainda, nas enfermarias dos hospitais de caridade (ODA; DALGALARRONDO, 2016). A respeito da historia do tratamento realizado com os ,até então, chamados de "loucos" no Brasil no século XX: Através de todo o período colonial, os alienados, os idiotas, os imbecis foram tratados de acordo com suas posses.…”

“…A partir disso, chegavam cada vez mais reclamações ao governo, as quais reivindicavam que o mesmo tomasse providencias e retirasse de circulação os desocupados ou desordeiros, que eram encaminhados comumente às prisões da época. Já os casos com evidentes distúrbios mentais, eram destinados às enfermarias dos hospitais da Irmandade de Misericórdia, porém sem tratamento médico algum, visto que se tratava de uma associação filantrópica leiga católica (ODA, 2011). ODA et at, ( 2016) descreveu o local como sem "regímen, limpeza, polícia e caridade", considerando "calabouço" um nome mais apropriado ao lugar.…”

Andando na contramão: o destino dos indivíduos com transtorno mental que cometem crimes no Brasil

“…A abordagem da saúde mental e a forma de tratar esses pacientes passaram a ser questionadas e, gradativamente, surgiram alguns movimentos em defesa dessa população. Historicamente, dois principais marcos simbolizaram essa evolução: no século XVIII, o médico francês Phillippe Pinel, apesar de ainda conceber o isolamento como necessário, separou os doentes mentais das demais pessoas marginalizadas e libertou-os das correntes, já que eram mantidos acorrentados (ODA; DALGALARRONDO, 2004). Posteriormente, no final da década de 1970, o médico italiano Franco Basaglia liderou o Movimento da Psiquiatria Democrática Italiana, que levou à abolição dos manicômios nesse país (AMARANTE, 2009).…”