O impacto na qualidade de vida nos indivíduos pós Covid-19: O que mudou?

Abstract

Objetivos: Avaliar a qualidade de vida relacionada à saúde dos pacientes acometidos pelo Covid -19, através do instrumento SF-36. Métodos: Estudo transversal e observacional realizado entre os meses de janeiro e agosto de 2021. A amostra foi constituída por 221 participantes, com base na aplicação do questionário SF-36, avaliando-se a qualidade de vida em oito domínios naqueles pacientes atendidos pelo Instituto de Promoção e de Assistência à Saúde de Servidores do Estado de Sergipe – IPESAÚDE, diagnosticados com o Covid-19 mediante teste RT-PCR positivo e que tenham sido cadastrados e acompanhados pelo projeto “Monitora Corona”. O nível de significância estatística adotado foi de 0,05 e o software utilizado o R Core Team 2021. Resultados: Um total de 221 pacientes foram incluídos no estudo. Destes, 63,8% eram do sexo feminino, com idade média de 43,6 anos. Os domínios apontaram os determinados valores: Capacidade Funcional - 68,5 DP (desvio-padrão); Limitação por Aspectos Físicos - 48,9 DP; Dor - 55,5 DP; Estado Geral de Saúde - 54,9 DP; Vitalidade - 50,5 DP; Aspectos Sociais - 53,5 DP; Limitação por Aspectos Emocionais - 43,4 DP; Saúde Mental - 54,3 DP. Considerações finais: Na amostra avaliada, a maioria dos pacientes foram constituidos por mulheres adultas jovens com a qualidade de vida e saúde mental significativamente alteradas pela infecção pelo SARS-CoV-2 e seu tratamento. Diante o exposto, sugere-se necessidade de enfrentamento das repercussões negativas da saúde mental com propostas de organização e implementação de serviços de atenção à saúde da população.

Instrumentos de avaliação da capacidade funcional em pacientes pós-Covid 19: uma revisão sistemática

“…Observa-se uma alta prevalência de fraqueza muscular e comprometimento do desempenho físico em pacientes em recuperação de pneumonia por Covid 19 moderada a grave e hospitalizados sem qualquer limitação motora prévia (Paneroni et al, 2021) Alguns estudos que demonstram o prejuízo na qualidade de vida dos pacientes principalmente em idosos, estudantes, mulheres e divorciados, que tiveram sua rotina modificada, com consequências nos aspectos psicológicos e físicos. O maior impacto nesse grupo sinaliza segmentos demográficos de maior vulnerabilidade, a demandar aplicação e aprimoramento de estratégias de preservação e atenção à saúde mental durante a pandemia (Carvalho et al, 2021). Dessa forma é essencial que durante a avaliação dos pacientes pós-Covid 19, seja considerada um dos instrumentos de avaliação de qualidade de vida, para que seja oferecida uma avaliação e tratamento holísticos, contemplando as demandas do paciente.…”

“…Devendo interromper o teste, caso apresentassem dor torácica, dispneia intolerável e/ou cãibras nas pernas. Frases de encorajamento, como "você está indo bem" e "bom trabalho", devem ser verbalizadas a cada minuto (Carvalho et al, 2021). Em pacientes com doenças pulmonares intersticiais (DPI), semelhantes ao comprometimento pulmonar produzido pelo Covid 19, o 1STST mostrou boa consistência e se correlacionou fortemente com o 6MWT para medir a dessaturação induzida pelo exercício.…”

SÍNDROME PÓS COVID-19: ANÁLISE DAS SEQUELAS FISIOPATOLÓGICAS ADVINDAS DA INFECÇÃO POR SARS-CoV-2

“…Devido a isso, as medidas preventivas de saúde pública devem estar atentas não só aos danos da saúde física, mas também à possibilidade de doença mental. Repercussões negativas resultam em baixa qualidade de vida e podem ser explicadas pelo sofrimento psicológico gerado diante aumento da suscetibilidade à infecção, maior risco de mortalidade entre pacientes com doenças crônicas, atraso e inacessibilidade ao atendimento médico, serviços e tratamento, além da péssima manipulação de notícias, muitas vezes sem veracidade ou comprovação científica (CARVALHO et al, 2021).…”

Análise da capacidade funcional em pacientes pós-covid

“…Neste contexto, o conhecimento dos índices de qualidade de vida se transformou em um instrumento relevante na prática clínica por ser capaz de instruir uma melhor estratégia de intervenção e facilitar a verificação da repercussão da doença na perspectiva biopsicossocial do indivíduo (Aragão, et al 2018) Os autores estudados são acordes em afirmar que os pacientes pós covid obtiveram resultados baixos na saúde mental, piora física nos aspectos de capacidade funcional, fraqueza ou fadiga muscular e dificuldade para realizar atividades de vida diária na avaliação da SF-36. (Nunes et al, 2021;Bardakci, 2021;Zampogna et al, 2021;Huang et al, 2021;Carvalho et al, 2021).…”

“…Os sintomas durante a fase ativa, que podem surgir entre 1 a 5 dias de exposição ao vírus, normalmente são dispneia, fadiga, febre, tosse produtiva ou não, mal-estar, dor de cabeça, secreção nasal, anosmia, ageusia, dor de garganta, mialgia, disenteria, náusea, vômitos e anorexia (Carvalho et al, 2021). E os sintomas pós covid podem estar presentes na forma de distúrbios cognitivos ou disfunções pulmonares, incluindo redução da capacidade pulmonar, fisiologia tecidual restritiva com lesões fibróticas, dispneia aos esforços, depressão, ansiedade, neuropatias, fraqueza muscular, dispnéia, perda de peso, hipoxemia grave e impactos cardiovasculares.…”