“…Ela passou a ser concebida como um feixe de contratos, onde se difunde a terceirização, a subcontratação e os vínculos precários de trabalho, com a generalização da ideia de que os empregos não são estáveis e que cada um deve ser responsável por sua própria carreira (empresa neoliberal) (Grün, 1998). O trabalhador se tornava, assim, inclusive do ponto de vista da pessoa jurídica, uma empresa de si mesmo, em que cabe a cada um zelar pelos investimentos, disciplina e marketing pessoais (Gorz, 2005). A empresa se converteu, então, em uma conexão de outras empresas, já que uns investiriam seu capital financeiro e, outros, seu capital humano, sendo vistos como "colaboradores" em uma relação "ganha--ganha", e não mais como patrões e empregados em uma relação salarial (López--Ruiz, 2007).…”