O gênero e as práticas esportivas das mulheres. Alguns pontos de discussão em psicologia social e do esporte

Abstract

O aumento na prática de esportes por parte das mulheres na sociedade ocidental atual é um fato de inegável importância. Entretanto, os esportes e as práticas esportivas ainda são um campo no qual os homens estão em maior número e continuam a ser mais valorizados e mais bem remunerados do que as atletas. Se praticar esportes traz benefícios para o desenvolvimento integral do ser humano, entre os quais se destacam os aspectos físicos, psicológicos e sociais (transmissão de valores, trabalho em equipe, respeito, autoestima, autoconceito etc.), quando se impede ou se dificulta o acesso da mulher no âmbito esportivo, impõe-se uma posição de inferioridade em relação ao homem. Neste artigo, fazemos uma breve análise das justificativas científicas e sociais utilizadas para dificultar o acesso das mulheres às práticas esportivas na sociedade ocidental por razões de gênero, bem como refletir sobre como o próprio desenvolvimento desse conceito pode influenciar na transformação dessa condição. Essas reflexões se inscrevem tanto no campo da psicologia quanto no da sociologia do esporte com enfoque feminista, que têm como objetivo questionar a discriminação de gênero nas práticas esportivas.

RELAÇÕES DE GÊNERO E EDUCAÇÃO: as imagens dos livros didáticos reforçam ou desconstroem os estereótipos de gênero?

“…A Figura 7 expressa a participação das meninas no esporte e, neste caso, a prática esportiva desempenhada é o skate o que geralmente é associado ao universo masculino, porém o livro didático traz a imagem de uma criança do gênero feminino. Esta forma de representação contribui para desconstruir a ideia de que o skate é um esporte de menino, nesse sentido, Garcia (2018), ressalta que: papéis vistos como mais apropriados para homens ou mulheres e o skate costuma ser associado ao gênero masculino, devido aos estereótipos de gênero construídos socialmente. Garcia (2018), ainda analisa que:…”

“…Esta forma de representação contribui para desconstruir a ideia de que o skate é um esporte de menino, nesse sentido, Garcia (2018), ressalta que: papéis vistos como mais apropriados para homens ou mulheres e o skate costuma ser associado ao gênero masculino, devido aos estereótipos de gênero construídos socialmente. Garcia (2018), ainda analisa que:…”

A Relatividade Do Tempo No Surfe

“…SCHMIT; TBOHUON, 2021). Logo, o surfe também se mostra permeado por estereótipos direcionados aos corpos, sejam de homens ou mulheres, que acompanham pré-definições sobre o que cada um pode realizar, além de estipularem para ambos os sexos seus lugares na sociedade(GARCIA, 2018). Por fim, nota-se que o surfe, em sua temporalidade, se apresenta atravessado por valores culturais hegemônicos, envolvendo diversos grupos de maneira distinta em um mesmo contexto, como um reflexo de perspectivas patriarcais limitantes às mulheres (SEVERINO; OLIVEIRA, 2020).REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASALMEIDA, Andressa Queiroz de.…”