1995
DOI: 10.11606/rm.v6i1/2.59121
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O "Ensaio sobre a Música Brasileira": Estudo dos Matizes Ideológicos do Vocabulário Social e Técnico-Estético (Mário de Andrade, 1928)

Abstract: No Ensaio sobre a música brasileira, Mário de Andrade, em 1928, utilizou um vocabulário técnico-estético e ideologicamente marcado por uma determinada interpretação da História do Brasil. Naquela obra, Mário realizou um estudo amplo e genérico sobre possíveis relações entre as músicas popular e erudita, almejando envolver emotivamente o jovem artista (compositor ou intérprete) no seu projeto em prol da nacionalização da música erudita brasileira. Para Mário, a Nação brasileira era considerada atrasada, sob os … Show more

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“…Embora faltem dados concretos sobre a recepção do livro -um estudo de fôlego a esse respeito ainda está por ser feito -, a literatura pertinente disponível (entre outros, Lisbôa, 2015;Toni, 2015;Hamilton-Tyrrel, 2005;Contier, 1995;Alvarenga, 1974;Coli, 1990;Luper, 1965) é unânime em afirmar o impacto duradouro do livro sobre o público-alvo que se colocava no seu horizonte de expectativas -os jovens artistas, sobretudo os compositores, mas também musicólogos e alunos; livro que, ao codificar pioneiramente uma agenda para a música erudita do Brasil, logo se tornaria um clássico. Em trabalho de referência sobre o Ensaio, Arnaldo Contier (1995) evoca uma série de expressões emblemáticas que remetem ao caráter normativo e ideológico do texto.…”
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“…Embora faltem dados concretos sobre a recepção do livro -um estudo de fôlego a esse respeito ainda está por ser feito -, a literatura pertinente disponível (entre outros, Lisbôa, 2015;Toni, 2015;Hamilton-Tyrrel, 2005;Contier, 1995;Alvarenga, 1974;Coli, 1990;Luper, 1965) é unânime em afirmar o impacto duradouro do livro sobre o público-alvo que se colocava no seu horizonte de expectativas -os jovens artistas, sobretudo os compositores, mas também musicólogos e alunos; livro que, ao codificar pioneiramente uma agenda para a música erudita do Brasil, logo se tornaria um clássico. Em trabalho de referência sobre o Ensaio, Arnaldo Contier (1995) evoca uma série de expressões emblemáticas que remetem ao caráter normativo e ideológico do texto.…”
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“…Embora tenha sido comumente identificado como principal peça ideológica de rotinização do projeto nacionalista de Mário (cf. Contier, 1995) (Andrade, 1985: 123). Reabrir a "caixa preta" do nacionalismo e da identidade nacional em Mário de Andrade, portanto, constitui ponto de partida para recuperar a perspectiva própria com a qual ele interagiu com as questões dominantes de seu contexto e desconstruir a imagem que dele a fortuna acabou por sedimentar, como principal ideólogo da identidade nacional e da cultura brasileira autêntica; reputação que não apenas datou como, em grande medida, limitou o alcance crítico e a acuidade de suas ideias, assimilando-as aos valores então hegemônicos e obliterando o Mário incompossível com seu tempo e com as contradições persistentes da vida social brasileira.…”
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“…também ignora o período interdito de Guarnieri, afirmando que ¨a primeira incursão de Camargo Guarnieri no setor vocal foi através da Cantiga Noturna(José de Figueiredo Sobral Jr.;1928).¨ Neste caso, o equívoco torna-se até maior, poisAndrade (1965, p. 86) afirmara categoricamente que em 1928 surgiram as primeiras obras eruditas de Guarnieri e que ¨a primeira delas são as ´Lembranças do Losango Cáqui,´¨ cujo texto é de autoria do próprio poeta.4 Na verdade, o primeiro encontro da poesia e música em Camargo Guarnieri surgiu em 1923, com a obra Nunca mais, para voz e piano (com poesia de F. Caldeira), cujo manuscrito indica que a peça está incompleta.Sob a ótica quantitativa, das 81 obras interditas apenas 18 estão na categoria de música vocal, predominando neste período a música instrumental (piano solo), com mais de 40 títulos. Ainda numa abordagem quantitativa, no ano de 1928 foram produzidas 12 obras: sete canções; quatro peças instrumentais e uma grande obra para voz e orquestra sinfônica, que é a versão orquestrada de uma canção existente para voz e piano.…”
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