O Desconhecimento Da Hemofilia Por Médicos E Professores: Necessidade De Formação Educacional Qualificada

Abstract

Resumo: O presente estudo teve como objetivo geral analisar a maneira como os familiares de hemofílicos são informados sobre o diagnóstico de hemofilia. Os objetivos específicos apresentaram as estratégias elaboradas pelas mães para superar as dificuldades e discutir a necessidade de campanhas educacionais para informar sobre a hemofilia. A pesquisa foi de natureza qualitativa e a metodologia de pesquisa utilizada foram estudos de casos com entrevistas realizadas com cinco familiares de hemofílicos. Os dados coletados foram tratados por meio da técnica de análise de conteúdo proposta por Bardin (1994). Foi evidenciado que as mães passaram por diversos processos quando souberam do diagnóstico de hemofilia de seus filhos como: aprendizagens sobre a patologia, medos, incertezas, dúvidas, culpa, aceitação, adaptação, a superproteção e superação.

Hemofílicos e a educação física escolar: intervenções e práticas pedagógicas

“…De acordo com Roah (2017), inúmeras das pesquisas relacionadas ao estado da arte sobre a temática, denotam que os casos de hemofilia estão associados ao público masculino, visto que há alteração do gen de um dos cromossomos X da mãe que é afetado (Garbin et al, 2007). Contudo, mesmo que com uma frequência bem mais rara, ainda existem mulheres que são hemofílicas (Santos;Paula, 2019;Villaça;Carneiro;D'Amico, 2005).…”

“…A hemofilia é classificada conforme o nível plasmático de atividade coagulante do fator deficiente em três etapas: leve, moderada e grave (Brasil, 2015;Santos, 2018). O nível Research, Society and Development, v. 9, n. 12, e31791211204, 2020 (CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i12.11204 leve corresponde de 5% a 40% de atividade coagulante (Caio et al, 2001;Lorenzi, 1999;Melo, 1984;Santos;Paula, 2019). Já a moderada corresponde 1% a 5% e a grave cuja condição apresenta-se inferior a 1% (Caio et al, 2001;Hoepers, 2006;Santos, 2018).…”

“…De acordo com o Ministério da Saúde , existem no Brasil, aproximadamente 12.000 (doze mil) pessoas com hemofilia, já a nível mundial, estima-se que exista 350.000 (trezentos e cinquenta mil). A hemofilia é uma patologia resultante da falta e/ou produção defeituosa de uma das proteínas da coagulação do sangue (Santos, 2018;Santos;Paula, 2019). Ela é considerada como uma coagulopatia hereditária por estar associada ao cromossomo X, logo, possui maior predominância em indivíduos do sexo masculino (Marques;Leite, 2003;Nunes et al, 2009;Cassete, 2016).…”

“…Pessoas com hemofilia podem apresentar sangramentos internos ou externos (aparentes ou não), cujas regiões mais acometidas e que exigem uma maior preocupação, são as articulações dos joelhos, tornozelos e cotovelos (Santos;Paula, 2019). Sangramentos musculares em pernas, antebraços e em quadris, também são frequentes (Santos, 2018).…”

Tratamento de Hemofílicos A Grave Atendidos no Hospital de Hematologia da Fundação HEMOPE, com Inibidor de Fator VIII Através da Imunotolerância

“…A hemofilia A da B semelhantes tornando impossível distinguir somente pelos critérios clínicos, sendo necessários exames laboratoriais para o diagnóstico. Os episódios de sangramento ocorrem, principalmente após traumatismos de intensidade mínima, sendo característica da doença os sangramentos musculares (hematomas) e intra-articulares (hematroses), afetando na maioria dos casos as articulações dos joelhos, tornozelos e cotovelos (OSOOLI; BERNTORP, 2015;SANTOS et al, 2019). Há casos mais graves, nos quais os sangramentos podem acometer outros locais do corpo, causando hemorragias internas podendo acometer o sistema nervoso central.…”