“…Um "cinema de fluxo", nos termos de Oliveira Jr. (2013), que propõe um tipo de dramaturgia não diretamente herdeira dos modos de narrar histórias, como os romances do século XIX (Bordwell 2005), mas que promove um alargamento das noções de percepção, colocando em crise a mise en scène clássica, baseada no equilíbrio, na clareza, no cinema de decupagem. Obras menos centradas na narrativa e na psicologia como molas propulsoras, mas mais fluidas, voltando-se para o sensório, para o fluxo dos corpos (Shaviro 1993;Bezerra 2010), ou ainda, para o cinema como fenômeno, em que o acaso, o irrepetível e o indescritível dominam a cena.…”