ResumoDurante a análise dos sítios Cavalo Branco e Nova Ipixuna 3, no leste Amazônico, onde identificou-se cerâmica Tupinambá 3 , começa-mos a comparar as semelhanças e diferenças referentes à indústria cerâmica, às dimensões e a densidade de material arqueológico nesses sí-tios. Neste artigo, pretendemos levantar alguns questionamentos e possibilidades para análises intra/inter-sítios e chamar a atenção para as diferentes dinâmicas de organização espacial de grupos Tupi-Guarani etnológicos, ao perceber nesses o complexo universo com que nos deparamos ao interpretarmos o registro arqueológico.
Palavras-chave:Arqueologia Tupinambá, Amazô-nia, cerâmica, etnografia Tupi-Guarani.
AbstractDuring the analysis of two eastern Amazon archaeological sites, Cavalo Branco and Nova Ipixuna 3, where we identified Tupinambá ce-
Aspectos do Espaço Tupinambá no Leste AmazônicoFernando Ozório de Almeida 1 Lorena Gomes Garcia 2 1 Doutorando em arqueologia pelo MAE/USP. 2 Mestranda em arqueologia pelo MAE/USP e Arqueológa da Scientia Consultoria Cientifica. 3 Sub-TradiçãoTupinambá da Amazônia: ligada aos grupos falantes do tronco Tupi (mais especificamente da família Tupi-Guarani, excetuando os Guarani), cuja cultura material seria (e essa pergunta que permeia nossos estudos) uma extensão da Tradição Polícroma Amazônica. No entanto, diferenças tecno-tipológicas (Almeida, 2008), tornam necessária uma distinção entre os Tupinambá da Amazônia e os Tupinambá do litoral. Há divergências entre os próprios autores quanto ao uso de Tupi ou Tupinambá, questão muito mais complexa do que uma simples terminologia, que mereceria um artigo por si só.