O Caramujo Africano (Achatina Fulica), Perigos Para a Saúde E O Meio Ambiente: Uma Proposta De Alfabetização Ecológica

Abstract

A educação é uma importante ferramenta para entender as causas e as consequências sobre a inserção de espécies exóticas em ambientes naturais, bem como os problemas que esta ação causa ao meio ambiente e a sociedade. Este artigo busca desenvolver um diálogo com os leitores sobre a inserção de animais exóticos e os perigos para a saúde e os ecossistemas, sugerindo uma proposta de alfabetização ecológica com o tema dos animais exóticos. Os sujeitos da pesquisa foram alunos do 4° e 5° ano de Ensino Fundamental de uma escola da zona centro sul da cidade de Manaus, Amazonas. A mudança de postura frente à problemática dos organismos invasores e o reconhecimento de nossas ações cotidianas enquanto educadores e contribuintes na formação de sujeitos críticos e reflexivos resultam no constructo dos primeiros alicerces de uma Alfabetização Ecológica.Palavras-chave: Caramujo africano, Achatina fulica, espécies exóticas, alfabetização ecológica, Amazônia.

Avaliação dos conhecimentos dos alunos sobre a espécie invasora Achatina fulica (Pulmonata, Achatinidae) em uma escola de ensino fundamental de Colorado do Oeste, Rondônia, Brasil

“…O controle mecânico, por meio da catação manual, é o método mais eficaz, requerendo-se a intensificação de ações de mobilização social em conjunto com agentes comunitários de saúde, na tentativa de eliminação, pois a invasão desta espécie está cada vez mais preocupante (Colley, 2010). Baseando-se nestas definições, o controle mecânico se fundamenta nas seguintes etapas: i) recolher os caramujos e seus ovos sempre, utilizando luvas descartáveis ou sacos plásticos e na falta destes utilizar uma pá; ii) nunca manter contato direto com o caramujo; iii) os caramujos recolhidos devem ser incinerados, utilizando recurso como, latas velhas, tambor, fogueira cercada por tijolos ou blocos; iv) os restos dos caramujos incinerados devem ser enterrados; v) não deixar entulhos, latas, pneus, plásticos, tijolos, telhas e lixos em geral pelo quintal ou nos terrenos baldios, pois essas condições favorecem a proliferação de A. fulica, e de outras pragas nocivas à saúde, como: ratos, baratas, escorpiões, aranhas, moscas e mosquitos como o Aedes aegypti vetor da dengue, chicungunya e zika (Queiroz et al 2014;Garcia & Chaveiro, 2011).…”

“…A. fulica é ativa no inverno, resistente ao frio hibernal e à seca, normalmente passando o dia escondido e forrageado no período noturno para se alimentar e reproduzir (Almeida et al 2016). A tonalidade do corpo é cinza-escuro e as conchas possuem faixas de coloração variável, de castanho até levemente arroxeado cujos comprimentos variam de 15 a 20 cm de altura e 10 a 12 cm de comprimento chegando a pesar 200g (Ferraz 1999;Queiroz et al 2014). Os ovos são um pouco maiores que uma semente de mamão e possuem coloração branco-leitosa ou amarelada (Teles et al 2004).…”

O conceito de invasão biológica no ensino médio utilizando o jogo “invade!”

“…A publicação do Informe Nacional sobre Espécies Exóticas Invasoras, em 2005, incentivou a pesquisa nesta área, e assim, foi observado um aumento na quantidade de pesquisas, publicações científicas e Marcos Legais sobre a IB, porém o ensino desse tema foi pouco fomentado (ZENNI et al, 2016). Quando realizadas, as pesquisas em educação científica que abordam a IB têm se limitado à educação ambiental, utilizando o Caramujo-gigante-africano Achatina fulica Bowdich como modelo de estudo (SOUZA et al, 2007;PEREIRA et al, 2012;GROTT;MELLO, 2014;PECORA;MIRANDA, 2014;QUEIROZ et al, 2014;ALVES et al, 2017).…”

Acesso À Informação Pública Nos Estados-Membros Da Comunidade De Países De Língua Portuguesa

“…A disseminação do animal já se encontra em 23 estados brasileiros. No estado de Pernambuco, já foram registradas ocorrências da presença invasiva de parasita em municípios da Região Metropolitana do Recife, como Abreu e Lima, Paulista e Recife, além de outros como Bom Jardim e Sirinhaém, atacando diversas culturas agrícolas e competindo com as espécies locais (QUEIROZ et al, 2014).…”